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UID/HIS/00749/2013 UIDB/00749/2020 UIDP/00749/2020 Durante os quarenta e seis anos de governo, o rei D. Dinis promoveu, a par de uma enérgica política governativa e legislativa, da qual resultou a reorganização, o desenvolvimento, o povoamento e o reforço do sistema defensivo do Reino, um importante conjunto de reformas materiais no património palaciano residencial da Coroa. Responsável por um ininterrupto surto construtivo ao longo de todo o seu reinado, o monarca ordenou a construção e a reconstrução de inúmeras residências régias disseminadas pelo Reino – desde Lisboa e Frielas até Coimbra e Estremoz, passando ainda por Leiria, Sintra e Santarém –, para acolher condignamente os múltiplos membros da Família Real e da Corte itinerante, ou simplesmente para receber o monarca durante os seus momentos de lazer e prazer. Porém, muito dos paços reais reformados que testemunham essas prodigiosas campanhas artísticas não sobreviveram até aos dias de hoje, remanescendo somente alguns escassos fragmentos arquitectónicos e registos documentais coevos, ambos salvaguardados em algumas das instituições nacionais. Assim, através do cruzamento das mais diversas e variadas fontes históricas, é nosso propósito proceder à análise e contextualização sistemática das múltiplas fases de intervenção promovidas nos mais diversos paços residenciais dionisínos erguidos em Lisboa e regiões limítrofes, de modo a conhecer os seus programas arquitectónicos e decorativos, executados segundo os modelos estéticos vigentes; identificar as suas necessidades vivenciais e organizativas; e compreender o seu papel no reforço do aparelho de centralização régia e na formação da imagem de um dos monarcas que durante mais tempo conduziu os destinos de Portugal. publishersversion published |