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A internacionalização da Engenharia Portuguesa tem requerido aos projetistas o conhecimento dos códigos e das práticas seguidas em países estrangeiros, nomeadamente nos países da África Austral, para a sua correta aplicação em estudos e projetos. Nos projetos de pavimentos flexíveis na África Austral, é usual exigir-se o cumprimento das normas Sul-africanas (SAPEM) ou do catálogo de pavimentos SATCC. O estudo realizado pretende contribuir para um conhecimento mais aprofundado das normas vigentes na África do Sul (SAPEM), sendo que, dado o seu enquadramento regional e a qualidade técnica das mesmas, é provável que futuramente estas possam ser as normas de referência para o dimensionamento de pavimentos em países da África Austral (SADC). Pretendeu-se ainda comparar as metodologias de dimensionamento empírico-mecanicistas adotadas em Portugal e na África do Sul, realizando-se uma análise sistemática da caracterização do tráfego, das propriedades dos materiais e dos critérios de dimensionamento para as metodologias adotadas em Portugal e na Africa do Sul. Numa primeira parte do estudo descrevem-se de forma detalhada os procedimentos usualmente adotados no dimensionamento de pavimentos rodoviários (flexíveis e semi-rígidos), abordando-se algumas temáticas relevantes, nomeadamente: espectro de eixos reais versus eixos equivalentes, temperatura anuais de projeto versus temperaturas mensais e cálculo do módulo de deformabilidade de misturas betuminosas novas com base em desenvolvimentos mais recentes. No desenvolvimento do estudo, descrevem-se de forma detalhada as normas de projeto Sul-africanas (SAPEM) definidas com base num modelo empírico-mecanicista. Realizou-se uma análise comparativa tendo por base os procedimentos tradicionalmente adotados em Portugal. Realizou-se ainda uma descrição detalhada do dimensionamento de pavimentos com base no manual SATCC. Para uma dada temperatura do ar, analisaram-se 72 secções do catálogo SATCC recorrendo às metodologias de dimensionamento de base racional e verificando a sua adequação à exigência das mesmas. Por fim, apresentam-se as conclusões mais pertinentes relativas ao estudo realizado e são sugeridos alguns desenvolvimentos futuros, com o intuito de contribuir para a internacionalização da Engenharia Rodoviária Portuguesa, nomeadamente nos países da SADC. |