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UIDB/05021/2020 UIDP/05021/2020 O objecto deste capítulo é a liberdade de imprensa em Macau durante o período de transição, de 1987 a 1999, com foco na imprensa portuguesa. O tópico foi abordado numa perspectiva crítica de Economia Política dos media, através de investigação de políticas de comunicação e entrevistas com editores, jornalistas e outros actores e agentes no processo de comunicação. Os nossos objectivos foram o entendimento de como o conceito ocidental de liberdade de imprensa se aplica localmente; investigar as políticas privadas e públicas em relação à imprensa; revelar práticas de controlo e pressão provenientes dos poderes políticos e económicos e analisar de que modo estas influenciam a prática jornalística. Concluímos que o período de transição criou um enquadramento político e económico que tendeu a exacerbar as tendências preexistentes para o controlo da imprensa, bem como os choques entre a imprensa e o poder. A administração local foi responsável pela maioria desses constrangimentos através do controlo dos seus funcionários, do controlo no acesso às fontes e da distribuição de publicidade oficial e, por último mas não menos importante, através da disseminação de uma visão patriótica que pressupunha que os jornalistas deveriam ser defensores do desígnio nacional, mesmo contra a sua própria ética profissional. A investigadora foi jornalista em Macau de 1991 a 2000 (imprensa, rádio, televisão, correspondente da revista Visão), bem como docente de Ciências da Comunicação na Universidade de Macau (1996-1999). publishersversion published |