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Dissertação apresentada na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa para obtenção do grau de Mestre em Engenharia Civil – Perfil de Construção O forte crescimento populacional, o alargamento e modernização das áreas urbanizadas, por vezes sem o planeamento adequado, têm resultado em consequências desastrosas para o meio ambiente, para qualidade da água, mas também nas suas outras dimensões, que se reflectem na deterioração do bem-estar dos seres humanos, afectando os recursos naturais, entre eles, o equilíbrio hidrológico das bacias. Resultado de um planeamento urbano sério e adequado ao longo dos anos na cidade de Lisboa, devido ao aumento da sua população e consequentes desequilíbrios emergentes, que exigiam a preservação da qualidade da água do Rio Tejo e o equilíbrio das bacias, urgiu a ampliação da Estação de Tratamento de Águas Residuais de Alcântara. Com uma gestão mais profissionalizada e a beneficiação do sistema de drenagem da mesma, com vista a responder à explosão residencial e urbana desta zona da cidade, agravada com a situação de se estar perante um sistema unitário de drenagem (águas pluviais e águas domésticas). Devido à falta de informação sobre os caudais escoados no sistema unitário de drenagem da bacia de Alcântara, o recurso à modelação matemática revelou-se bastante útil na previsão do comportamento do sistema de drenagem, nomeadamente na previsão de volume de descargas durante a ocorrência de eventos de precipitação. Em 2005, a empresa SIMTEJO, responsável pelo saneamento integrado dos municípios do Tejo e Trancão, no âmbito do projecto de ampliação da ETAR, construiu, no software criado pela agência de protecção ambiental dos estados unidos, que simula precipitação em escoamento, denominado Storm Water Management Model, um modelo matemático aplicado a um troço do caneiro de Alcântara, desde a Estação Ferroviária de Campolide até ao ponto de descarga no Rio Tejo. Devido a poucos dados de caudal o modelo matemático ficou pré validado. Consequentemente à instalação de um medidor de caudal e de dois udógrafos, em 2011, surgiram novos dados de caudal e de precipitação. Estes novos dados foram objecto de estudo da presente dissertação com vista ao objectivo de calibração e validação do modelo matemático do Caneiro de Alcântara. |