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Dissertation presented as the partial requirement for obtaining a Master's degree in Statistics and Information Management, specialization in Risk Analysis and Management A poluição atmosférica é considerada, atualmente, o risco ambiental mais preocupante para os ecossistemas e a saúde humana, causando, anualmente, cerca de sete milhões de mortes por todo o mundo. Nas últimas décadas, este tema tem sido alvo de uma crescente importância, sendo objeto de diversas investigações. Neste sentido, e tendo em consideração o cenário único criado, como consequência das restrições impostas pela pandemia de COVID-19, o principal objetivo deste estudo é investigar se o estado de emergência, que vigorou entre o período de 19 de março e 2 de maio de 2020, influenciou a qualidade do ar na região de Lisboa e Vale do Tejo, uma das regiões portuguesas mais afetadas pelo vírus. Para este efeito, foram considerados dois dos poluentes atmosféricos mais prejudiciais para a saúde humana: partículas em suspensão (PM10) e dióxido de azoto (NO2) e, com base no método desenvolvido por Bai e Perron, foi testada a possibilidade de existência de quebras estruturais nas séries e a relação das mesmas com o estado de emergência. Os resultados obtidos indicaram a presença de quebras estruturais, ainda antes da declaração do estado de emergência, bem como uma diminuição das concentrações dos poluentes, no período considerado, na maior parte das estações analisadas. Deste modo, é possível concluir que o estado de emergência pode ter sido um fator explicativo da melhoria observada na qualidade do ar, sobretudo no NO2, no qual o impacto foi mais significativo, considerando as reduções observadas no valor médio das séries após as quebras estruturais. Air pollution is now considered the biggest environmental risk, affecting ecosystems and human health, and being responsible for seven million deaths worldwide every year. In recent decades, the interest in this topic has been increasing, being the subject of several research. In this context and considering the unique scenario created because of the restrictions imposed by the COVID-19 pandemic, the main objective of this study is to investigate whether the state of emergency, between the period of March 19 and May 2, 2020, influenced air quality in the Lisbon and Tagus Valley region, one of the Portuguese regions most affected by the virus. For this purpose, two of the most harmful air pollutants for human health were considered: particulate matter (PM10) and nitrogen dioxide (NO2) and, based on the method developed by Bai and Perron, the possibility of the existence of structural breaks in the series was tested and their relationship with the state of emergency. The results revealed the presence of structural breaks, even before the declaration of the state of emergency, as well as a decrease in the concentrations of pollutants, in the period considered, in most of the analyzed stations. Thus, it is possible to conclude that the state of emergency may have been an explanatory factor for the improvement observed in air quality, especially in NO2, in which the impact was more significant, considering the reductions observed in the mean value of the series after the structural breaks. |