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UIDB/04666/2020 UIDP/04666/2020 Desde o início do presente século, os movimentos “acesso aberto” e “ciência aberta” passaram a integrar as preocupações das instituições científicas portuguesas. Tais iniciativas apresentam-se como “novas” formas de produzir e partilhar o conhecimento entre a comunidade científica e a sociedade, visando aumentar o impacto socioeconómico da ciência. No entanto, a verdade é que as preocupações com a difusão da ciência são tão antigas como a própria ciência moderna. Neste artigo, pretendemos dar a conhecer o contexto de emergência de instituições, espaços, agentes e meios de comunicação científica na província do Algarve, concentrando-nos na Sociedade Agrícola do Algarve e no estudo do período da sua constituição (1848-1850). Apoiamo-nos na metodologia qualitativa, suportada pela investigação documental para procedermos à revisão de literatura e identificarmos as fontes de informação primária, cuja análise e seleção nos permitem identificar o quadro organizacional, a missão e fins da Sociedade, o grupo de sócios fundadores, a agenda e os meios de ação definidos. Concluímos que, no dealbar da segunda metade do século XIX, o Algarve construiu uma geografia e uma comunidade do Saber, com amplitude municipal, que teve na Sociedade Agrícola do Algarve o centro de referência para a produção e disseminação do conhecimento cientificamente dirigido, fortalecendo o processo de co-construção de uma província e de um país mais prósperos e culturalmente mais desenvolvidos. publishersversion published |