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Num mundo extremamente diversificado, onde cada pessoa é única e onde cada lugar tem uma cultura própria, mesmo que atravessada por processos cada vez mais globais, é interessante refletir sobre o ponto de partida, o “momento zero” da cultura visual humana. Esse momento é onde poderemos supor ter estado, todos juntos, numa união intemporal. Será possível recriar esse momento que Lévi Strauss definiu como o limite entre o Estado de Natureza e o Estado de Cultura? É este o desafio que propus e para o qual tentei obter resposta através de uma investigação sobre a sombra enquanto arquétipo da imagem, e o inconsciente coletivo como evidência da existência de imagens enraizadas no nosso inconsciente há milhares de anos. No cerne desta pesquisa desenvolveu-se o projeto artístico Raiz. Raiz (2021) é uma videoinstalação interativa que cria, através de imagens em sombra, um momento de introspeção e meditação sobre as nossas origens e tudo aquilo que nos une enquanto humanos. É uma viagem sobre a imagem, mas sobretudo uma viagem sobre nós, humanos, e as imagens que nos unem. |
