O domínio da língua portuguesa como influenciador dos resultados escolares dos alunos, no 3º ciclo, com ascendência nos PALOP e no Brasil

Autor: Freire, Cristina Maria da Costa Victorino
Přispěvatelé: Almeida, Sílvia Maria Cândido de
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2023
Předmět:
Popis: Na tentativa de encontrar razoabilidade na tese de que o domínio incipiente da língua de escolarização pode coartar a aquisição de conhecimentos e o inerente sucesso escolar, e dado que a taxa de transição dos alunos com ascendência, ou origem, nos PALOP e no Brasil, é inferior à do total de alunos estrangeiros, em Portugal, foram inquiridos três atores deste processo educativo, os alunos com ascendência, ou origem, nos PALOP e Brasil; aqueles que poderão ser os seus encarregados de educação, representados pelas associações de imigrantes; e aqueles que os ensinam, os professores. Dado que os alunos com origem, ou ascendência, nos PALOP, por poderem ter e utilizar regularmente uma língua materna, o crioulo de base portuguesa, e ter um domínio incipiente da língua de escolarização, a língua portuguesa, poder-lhes-á estar a ser coartada a aprendizagem, por esta língua estar menos desenvolvida e apreendida. Do mesmo modo, os alunos com origem, ou ascendência, no Brasil, por utilizarem uma variedade linguística do português do Brasil, e poderem ter um domínio incipiente da língua de escolarização, com vocábulos e estruturas frásicas distintos dos do português europeu, poder-lhes-á, também, estar a ser cerceada a aprendizagem. Há, por isso, razoabilidade em perceber se a Escola, representada pelos docentes, está informada da capacitação dos alunos na língua de escolarização, se valoriza essa circunstância, como a minimiza, ou exclui, para que o sucesso dos alunos não seja, desde logo, influenciado pela dificuldade de comunicação, ainda que outros fatores também possam contribuir. O conhecimento da forma como a aprendizagem se realiza, se efetiva, revela-se muito importante neste processo de ensino e aprendizagem podendo não ter correspondência entre alunos e professores. Como a aprendizagem e o sucesso educativo favorecem a inclusão social, deverá a sociedade, aqui representada pela Escola (professores, alunos e encarregados de educação), orientar estratégias e recursos para que a inclusão se concretize. In an attempt to find reasonableness in the thesis that an incipient command of the language of instruction may hinder the acquisition of knowledge and the inherent academic success, and given that the transition rate of students with PALOP (African Portuguese-speaking countries) and Brazilian origin is lower than the total of foreign students in Portugal, three actors in this educational process were surveyed: students with PALOP and Brazilian origin; those who may be their parents, represented by immigrant associations; and those who teach them, the teachers. Given that students with PALOP or PALOP origins or backgrounds may have and regularly use a native language, Portuguese Creole, and have an incipient command of the language of instruction, Portuguese, they may be hindered in their learning because this language is less developed and apprehended. In the same way, the pupils with origin or ascendancy in Brazil, because they use a linguistic variety of Brazilian Portuguese, and may have an incipient command of the language of schooling, with words and sentence structures different from the European Portuguese, may also be learning to be restricted. It is therefore reasonable to understand if the school, represented by the teachers, is informed about the students' ability in the language of schooling, if it values this circumstance, how it minimizes it, or excludes it, so that the students' success is not, from the outset, influenced by the difficulty of communication, although other factors may also contribute. The knowledge of how learning takes place, is very important in this process of teaching and learning and may not have correspondence between students and teachers. As learning and educational success favors social inclusion, society, represented here by the school (teachers, students and parents), should guide strategies and resources so that inclusion is achieved. Dans une tentative de trouver une justification à la thèse selon laquelle une maîtrise naissante de la langue d'enseignement peut entraver l'acquisition de connaissances et la réussite scolaire inhérente, et étant donné que le taux de transition des étudiants des pays PALOP et du Brésil est inférieur à celui de l'ensemble des étudiants étrangers au Portugal, trois acteurs de ce processus éducatif ont été interrogés : les étudiants des pays PALOP et du Brésil, ceux qui peuvent être leurs parents, représentés par les associations d'immigrés, et ceux qui les instruisent, les enseignants. Étant donné que les élèves d'origine, ou de la descendance, PALOP (Pays lusophones d'Afrique) peuvent avoir et utiliser régulièrement une langue maternelle, le créole portugais, et qu'ils commencent à maîtriser la langue d'enseignement, le portugais, ils peuvent être gênés dans leurs apprentissages parce que cette langue est moins développée et appréhendée. De même, les élèves dont l'origine, ou l'ascendance, est le Brésil, parce qu'ils utilisent une variété linguistique du portugais brésilien et peuvent avoir une maîtrise naissante de la langue de scolarisation, avec des différences soit du lexique, soit des structures de phrases de ceux du portugais européen, peuvent également voir leurs freinés. Il est donc raisonnable de comprendre si l'école, représentée par les enseignants, est informée des capacités des élèves dans la langue de scolarisation, si elle valorise cette circonstance, comment elle la minimise ou l'exclut, de sorte que la réussite des élèves ne soit pas, dès le départ, influencée par la difficulté de communication, bien que d'autres facteurs puissent également y contribuer. La connaissance de la manière dont l'apprentissage se déroule est très importante dans ce processus d'enseignement et d'apprentissage et il se peut qu'il n'y ait pas de correspondance entre les étudiants et les enseignants. Étant donné que l'apprentissage et la réussite scolaire favorisent l'inclusion sociale, la société, représentée ici par l'école (enseignants, élèves et parents), devrait orienter les stratégies et les ressources pour que l'inclusion puisse se faire.
Databáze: OpenAIRE