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Este trabalho, decorreu na unidade laboratorial do sotavento das Águas do Algarve, e teve como objetivo a implementação e validação do método de potenciometria indireta, para a quantificação de cloretos em águas naturais subterrâneas, superficiais e residuais. O cloreto, quando presente em elevadas concentrações, conduz ao aumento da taxa de corrosão das tubagens e equipamentos de metal, confere à água de consumo sabor e pode inibir o crescimento de vegetação, quando utilizada para rega. Os cloretos, são interferentes no método de quantificação da carência química de oxigénio bem como noutros métodos analíticos. Foi realizada o desenvolvimento dos parâmetros do método, nomeadamente a titulação dinâmica com a adição de incrementos de titulante, a resposta do elétrodo através da testagem do tempo mínimo e máximo de estabilização assim como, o critério de estabilidade após a adição do incremento, e a velocidade de agitação da amostra. Conclui-se, que as melhores condições de operação, seriam incrementos de 1mL antes de ser atingido do ponto de equivalência e 0,1mL na área do mesmo. O tempo mínimo e máximo de estabilização definidos foram de 5 e 20 segundos, respetivamente, e o critério de estabilidade implementado foi de 10mV/min. A velocidade de agitação, que melhor homogeneizava a amostra foi de 25%. A linearidade foi comprovada através dos testes de Mandel e Rikilt, assim como com testes aos resíduos; e onde foi obtido um coeficiente de determinação superior a 0,9990. Os limiares analíticos, obtidos foram 3,52 mg/L para o limite de deteção e 4,74mg/L para o limite de quantificação. Em relação, aos ensaios de precisão, foi testada a repetibilidade, onde o coeficiente de variação foi inferior a 0,4%, e a precisão intermédia, onde o coeficiente de variação foi inferior a 1%. Na exatidão, foram realizados ensaios de recuperação, com matrizes de águas residuais e naturais subterrâneas, e ensaios com um material de referência certificado, com matriz de água de consumo. Para estes, foram alcançadas recuperações médias entre 92% e 101,6%. Foi também avaliada a robustez do método, onde se concluiu que o método não é robusto para variações no volume de amostra. O método em questão, foi comparado com a cromatografia iónica, um método de referência do laboratório, mostrando que os resultados não apresentam diferenças significativas, para um nível de confiança de 99%. Em termos de incerteza, foram obtidos valores inferiores a 15% do valor paramétrico. This work took place in the laboratory unit of Águas do Algarve and the main goal was to implement and validate the method of indirect potentiometry, for the quantification of chlorides in natural underground water, surface water and wastewaters. Chloride, when present in high concentrations, leads to an increase in the corrosion rate of metal pipes and equipment, giving taste to drinking water and can inhibit the growth of vegetation when used for irrigation. Chlorides, interfere in the chemical oxygen demand quantification method, as well as in other analytical methods. The development of the method was performed by testing several parameters. Particularly the dynamic titration with the addition of titrant increments, the electrode response through the minimum and maximum stabilization time testing, as well as the stability criterion after the addition of the increment, and the speed of agitation of the sample. In conclusion, the optimal operating conditions would be increments of 1mL before reaching the equivalence point and 0.1mL in its area. The defined minimum and maximum stabilization time were 5 and 20 seconds, respectively, and the stability criterion implemented was 10mV/min. The stirring speed, which best homogenized the sample, was 25%. Linearity was proven through Mandel and Rikilt tests, as well as residual tests; where coefficients of determination greater than 0.9990 were obtained. The detection limits obtained were 3.52 mg/L and the quantification limits were 4,74 mg/L. Regarding precision tests, repeatability was tested, where the coefficient of variation was less than 0.4%, and intermediate precision, where the coefficient of variation was less than 1%. In terms of accuracy, recovery tests, were carried out, with matrices of wastewater and natural underground water, and tests with a certified reference material, with a matrix of drinking water. Average recoveries between 92% and 101.6% were achieved. The robustness of the method was also evaluated, where it was concluded that the method is not robust to variations in sample volume. The method in question was compared with ion chromatography, a laboratory reference method, showing that the results do not reveal significant differences, at a confidence level of 99%. In terms of uncertainty, values lower than 15% of the parametric value were obtained. |