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Portuguese presence in the Gulf of Oman developed, in general, since the early sixteenth century. However, the Arab shores were constantly side-lined in favour of Hormuz, the centre of Portuguese operations in the region. That changed in 1622, when the island was lost to an Anglo-Persian force. That moment, the Portuguese chose Muscat as a regional base and, as such, the Omani world became fundamental for the consolidation and enhancement of the Portuguese position as a leading power. Yet, the rule of the Omani shores proved to be difficult and hazardous. The Estado da India’s decline in resources, increasing European competition and the rise of a new united Arab entity exacerbated those difficulties and, in a few decades, Portuguese control was reduced to Muscat itself. This study addresses some of the pivotal characteristics and events related to the Portuguese presence in the Arabian coast of Oman, from the loss of Hormuz to the fall of Muscat in 1650. Therefore, military operations, commercial undertakings, financial difficulties, political decisions, religious features and tense relations are at the centre of the narrative. This way, it would be possible to understand how the Estado da India elite in Goa and the Portuguese officials in Oman acted throughout this period. Portuguese-Omani interactions started well before 1622 and continued well beyond 1650, but the three decades addressed in this dissertation can be seen as their climax. A presença Portuguesa no Golfo de Omã desenvolveu-se, de forma geral, desde o início do séc. XVI. Contudo, a margem Árabe foi constantemente descurada em favor de Ormuz, o centro das operações Portuguesas na região. Tal mudou em 1622, quando a ilha foi perdida para uma força Anglo-Persa. Naquele momento os Portugueses escolheram Mascate como base regional e, dessa forma, o mundo Omanita tornou-se fundamental para a consolidação e desenvolvimento da posição Portuguesa como potência dominante. No entanto, a governação da costa Omanita provou ser difícil e perigosa. O declínio dos recursos do Estado da Índia, a crescente competição de países Europeus e a criação de uma entidade Árabe unida exacerbou essas dificuldades e, em poucas décadas, o controlo Português estava reduzido apenas a Mascate. Este estudo foca algumas das características e eventos chave da presença Portuguesa na costa Árabe de Omã, desde a perda de Ormuz até à queda de Mascate em 1650. Desta forma, operações militares, desígnios comerciais, dificuldades financeiras, decisões políticas, características religiosas e relações tensas estão no centro da narrativa. Assim, será possível perceber como a elite do Estado da India em Goa e os oficiais Portugueses em Omã agiram durante este período. As interações entre Portugueses e Omanitas iniciaram-se bastante antes de 1622 e continuaram muito para lá de 1650, mas as três décadas examinadas neste documento podem ser vistas como o seu auge. |