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A ocratoxina A é considerada uma das micotoxinas mais tóxicas para a saúde, uma vez que entra na cadeia alimentar do Homem, por esta sobreviver à maior parte dos processamentos a que os alimentos são submetidos. A IARC classifica-a como provável agente carcinogénico para os humanos. É de extrema importância o controlo dos seus níveis nos alimentos, assim como a existência de planos de monitorização dos níveis de contaminação, de modo a serem tomadas medidas para reduzir o risco de contaminação e diminuir o risco da sua ingestão. Sendo que uns dos alimentos mais consumidos diariamente, em todo o mundo, e dos mais afetados pela contaminação desta toxina são o café e os cereais e os seus derivados. Assim de forma a monitorizar os níveis de contaminação de ocratoxina A nesses géneros alimentícios, o presente trabalho teve como objetivo a validação de uma metodologia analítica para a sua quantificação por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC), no laboratório de Química da SGS Portugal. De forma a garantir fiabilidade dos resultados analíticos obtidos foram avaliados parâmetros como a linearidade, os limites de deteção e quantificação, a repetibilidade, a precisão intermédia e a exatidão. Os resultados mostram que o método é linear para uma gama de trabalho entre 0,500 e 10,0 ng/mL de ocratoxina A. O método permite detetar o analito a partir de 0,266 ng/mL e quantificá-lo entre 0,500 e 10,0 ng/mL. O método de HPLC apresentou repetibilidade e precisão intermédia aceitáveis, uma vez que os respetivos coeficientes de variação foram inferiores a 5 %. A exatidão do método foi aferida recorrendo a ensaios de recuperação, tendo-se obtido percentagens de recuperação entre 50 - 120 %. Uma vez que estes parâmetros se apresentaram de acordo com os critérios estabelecidos para a validação de um método analítico, o objetivo proposto foi cumprido. |