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A presente dissertação propõe investigar os modos de apropriação do espaço da comunidade cigana, partindo de três contextos habitacionais distintos entre si: o bairro da Anta, a casa de Ardegães e o bairro dos Coriscos, no concelho da Maia. Através do contacto direto com as diferentes comunidades pretende-se perceber como determinados traços culturais se refletem nos espaços do quotidiano, explorando as suas características e condicionantes, pois surgem em condições de precariedade e pobreza. Este levantamento permitiu perceber como se materializam no espaço as vivências de algumas famílias de etnia cigana, nomeadamente em habitação de contexto municipal. Ampliando o debate para a habitação pública, o trabalho debruça-se sobre a questão de projetar para a especificidade tendo em conta a diversidade, e tendo em consideração processos em que não se conhecem, à partida, os residentes, mas que se tem de produzir habitação adequada. As pessoas de etnia cigana constituem apenas um exemplo dos variados perfis que possam residir em habitação social, por isso interessa discutir mecanismos e ferramentas de ação socioespacial que possam contribuir para a integração e adaptação das especificidades encontradas na conceção da habitação pública, de forma a promover espaços com que as comunidades se relacionem e identifiquem. This dissertation proposes to investigate the modes of space appropriation of the Roma community from three housing contexts that are distinct from each other: the Anta social housing, the Ardegães house and the Coriscos social housing, in the municipality of Maia. Through direct contact with the different communities it is intended to understand how certain cultural traits are reflected in everyday spaces, exploring their characteristics and constraints as they arise in conditions of precariousness and poverty. This mapping allowed to understand how the experiences of some Roma families are materialized in space, namely in housing in a municipal context. Broadening the debate to public housing, the work focuses on the issue of planning for specificity taking diversity into account, and considering processes in which the residents are not known in advance, but it is necessary to produce adequate housing. Roma people are just an example of the varied profiles that may live in social housing, so it is important to discuss mechanisms and tools of socio-spatial actions that can contribute to the integration and adaptation of the specificities found in the planning of public housing, in order to create spaces that communities can relate and identify with. |
