Propriedades bioativas de Ruscus aculeatus L.: um subarbusto inexplorado

Autor: Rodrigues, Joana P.B., Fernandes, Ângela, Pereira, Carla, Pires, Tânia C.S., Calhelha, Ricardo C., Carvalho, Ana Maria, Ferreira, Isabel C.F.R., Barros, Lillian
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2022
Předmět:
Popis: Ruscus aculeatus L. é um subarbusto utilizado na medicina tradicional em várias partes do Mundo, nomeadamente na Europa e na Península Ibérica 1' 1. Tradicionalmente, as partes aéreas são utilizadas como diuréticos e as subterrâneas no tratamento de doenças do trato urinário e como laxante 1' 1. No presente trabalho, a parte aérea, raízes e rizomas de R. aculeatus foram caracterizados quanto às suas propriedades bioativas, nomeadamente: atividade antioxidante, antimicrobiana, anti-inflamatória e citotóxica. O material vegetal de R. aculeatus foi colhido em abril de 2019 em parcelas florestais, em Valpaços, Portugal. Foram preparados extratos hidroetanólicos e aquosos (infusões e decocções) das partes aéreas (caules laminares e ramificações) e das partes subterrâneas (rizomas e raízes). A atividade antioxidante dos extratos foi avaliada mediante a inibição da peroxidação lipídica (TBARS) e da hemólise oxidativa (OxHLIA). A atividade antibacteriana foi avaliada através da técnica de microdiluição, juntamente com o método colorimétrico de deteção rápida com o cloreto de piodonitrotetrazólio (INT). A atividade anti-inflamatória foi avaliada através da inibição da produção de NO utilizando uma linha celular de macrófagos de rato RAW 264.7. As propriedades citotóxicas foram avaliadas utilizando linhas celulares tumorais humanas e numa linha celular não tumoral (células primárias de fígado de porco, PLP2). Todos os extratos revelaram atividade antioxidante e potencial para inibir algumas das bactérias utilizadas. O extrato hidroalcoólico da parte aérea foi o que apresentou melhores resultados na inibição da produção de óxido nítrico seguido pela decocção das raízes e rizoma. Todos os extratos inibiram o crescimento das linhas celulares tumorais, exceto a infusão da parte aérea e os extratos de decocção. Os extratos aquosos da parte aérea e a infusão do extrato de raízes e rizomas, não apresentaram toxicidade para a linha celular PLP2. Este estudo preliminar forneceu resultados inovadores e interessantes em relação às propriedades bioativas desta planta silvestre pouco estudada e explorada. Os autores agradecem à Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT, Portugal) e aos fundos nacionais FCT/MCTES pelo apoio financeiro ao CIMO (UIDB/00690/2020) e pelo financiamento nacional pela FCT, I.P., no âmbito da celebração do contrato-programa de emprego científico de L. Barros, A. Fernandes, C. Pereira e R C. Calhelha. Os autores agradecem ao Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) através do Programa Operacional Regional Norte 2020, no âmbito do Projeto Norte-O 1-0 145-FEDER-000042: GreenHealth. info:eu-repo/semantics/publishedVersion
Databáze: OpenAIRE