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O desenvolvimento motor assume particular ênfase na infância, sendo importante que as crianças usufruam de diversas oportunidades de experiências motoras que lhes permitam tornar-se e sentir-se competentes fisicamente. Neste contexto, procurou-se refletir acerca das oportunidades de atividade motora proporcionadas às crianças ao nível da educação pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico, no quadro de uma formação holística e de promoção do seu bem-estar. O estudo que se apresenta teve como principais objetivos: 1) caracterizar a autoperceção de competência física das crianças, e 2) comparar a autoperceção com a sua performance motora. A amostra foi constituída por 38 crianças dos 4 aos 8 anos de idade. A pesquisa seguiu uma linha metodológica de natureza mista, recorrendo a dados de natureza qualitativa e quantitativa. Para a recolha dos mesmos, recorreu-se à observação com o respetivo registo de notas de campo, a medidas antropometrias (estatura, massa corporal, índice de massa corporal, percentil), à Escala Pictográfica de Perceção de Competência e Aceitação Social para Crianças e aos testes motores: Motor profile of Portuguese preschool children on the Peabody Developmental Motor Scales-2, A cross-cultural study e Prudential Fitnessgram: curl up, push-up, trunk-lift e corrida/marcha da milha. Verificou-se através da análise estatística, recorrendo ao programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), que as crianças manifestam um autoconceito depreciativo das suas habilidades motoras. Os valores médios de autoperceção relativos à competência física foram de 2,01±0,081 nos rapazes e nas raparigas de 2,16±0,22. A maioria das crianças (71%) concretizou todas as habilidades motoras que lhe foram propostas, apresentando valores superiores aos de autoperceção. info:eu-repo/semantics/publishedVersion |