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Estudos de intervenção com recurso à culinária saudável tem resultado em algumas mudanças positivas, nomeadamente no consumo de hortícolas e frutas. No entanto, ainda são poucos estudos em outros grupos de alimentos ou nutrientes e com conclusões inconsistentes. Compreender se os indivíduos, de todas as faixas etárias, que participam em programas de educação nutricional, com recurso à culinária saudável, melhoram os seus hábitos alimentares em comparação com um grupo controlo. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica, de agosto a setembro de 2020, atualizada em junho de 2021, nos motores de busca da PubMed, Web of Science e Scopus, com utilização dos descritores: “diet AND culinary AND intervention”, ou sinónimos. Foram elegíveis os estudos que avaliassem os hábitos alimentares em indivíduos saudáveis de qualquer faixa etária submetidos a um programa de intervenção incluindo 3 ou mais sessões de culinária saudável, comparados a um grupo controlo. Para cada estudo, extraiu-se os dados da metodologia e dos resultados e avaliou-se qualitativamente através da lista Joanna Brigs Institute. Foram selecionados 8 artigos, 5 quase-experimentais e 3 randomizados, com qualidade média de 71%. Os indivíduos do grupo de intervenção melhoraram algum parâmetro da alimentação, após a intervenção, em 75% dos estudos. As melhorias observadas foram o aumento do consumo de hortícolas (n=3), fibra dietética (n=2), cereais integrais (n=1) e alimentos ricos em proteína (n=1). Uma limitação desta revisão revela-se na heterogeneidade metodológica dos estudos, a qual poderá ter ditado alguma confusão nos resultados obtidos. CONCLUSÕES: Os programas de intervenção com recurso à culinária saudável parecem ter um efeito positivo nos hábitos alimentares dos participantes. No entanto, são necessários mais estudos, com um número de sessões elevado, que sustentem conclusões mais consistentes, para estes e outros grupos alimentares e nutrientes. info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
