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O presente estudo, enquadrado no Mestrado em Educação Social – Educação e Intervenção ao Longo da Vida, cujo tema é “O consumo de substâncias psicoativas na adolescência: a perceção dos técnicos sobre a intervenção nas respostas locais e comunitárias” tem como objetivo analisar a perceção dos técnicos acerca das respostas locais face à prevenção do consumo de substâncias psicoativas na adolescência. Partindo da questão problema que suporta esta investigação: De que forma os técnicos podem contribuir para a prevenção do consumo de substâncias psicoativas na adolescência, a partir das suas perceções sobre a intervenção? foram estabelecidos os seguintes objetivos: conhecer as dinâmicas dos projetos de intervenção face à identificação e encaminhamento dos adolescentes que consomem substâncias psicoativas; conhecer a perspetiva dos técnicos no que respeita à articulação da rede face à intervenção do consumo de substâncias psicoativas na adolescência; analisar as formas de intervenção mobilizadas pelos técnicos no terreno e compreender os efeitos da intervenção dos técnicos, nos adolescentes, nas famílias, na escola, na comunidade. Este estudo adotou uma metodologia de natureza qualitativa, com recurso ao inquérito por entrevista como técnica de recolha de dados. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, individuais e por focus group, sendo elaborados dois guiões de entrevista. Os resultados desta investigação indicam que os técnicos percecionam que a intervenção nas respostas comunitárias e locais fica aquém do desejado e que aquela que é realizada junto dos adolescentes que consomem substâncias psicoativas, por norma é tardia e pouco estruturada. Existem sessões de prevenção, nomeadamente nas escolas, no entanto, as mesmas são pontuais e não são específicas para uma determinada população alvo, pelo que o seu impacto está condicionado. Ainda relativamente à intervenção neste contexto, falta formação para os técnicos e professores, que trabalham com adolescentes, na área do consumo de substâncias. Há dificuldade, por parte dos mesmos, em saber como e para onde fazer os encaminhamentos, quais os procedimentos a adotar nos casos de consumos e quais as entidades que podem dar suporte nesse sentido. Ainda assim, há um esforço conjunto por parte dos profissionais para que as entidades consigam dar resposta no sentido da intervenção nos consumos de substâncias psicoativas por parte dos adolescentes, tentando atuar junto dos mesmos e das suas famílias. The present study, within the framework of the Master in Social Education - Education and Intervention throughout Life, whose theme is "Consumption of psychoactive substances in adolescence: the perception of technicians about intervention in local and community responses" aims to analyze the perception of of technicians about local responses to preventing the consumption of psychoactive substances in adolescence. Starting from the problem question that supports this investigation: How do technicians perceive their contribution to the prevention of psychoactive substance use in adolescence, based on their perceptions about the intervention? The following objectives were established: to know the dynamics of intervention projects in relation to the identification and referral of adolescents who consume psychoactive substances; to know the perspective of the technicians regarding the articulation of the network in relation to the intervention of the consumption of psychoactive substances in adolescence; to analyze the forms of intervention mobilized by the technicians in the field; and to understand the effects of the technicians' intervention, in the adolescents, in the families, in the school, in the community. This study adopted a qualitative methodology, using the interview survey as a data collection technique. Semi-structured individual interviews and a focus group were conducted, with two scripts being prepared. The results indicate that the technicians perceive that the intervention in community and local responses falls short of what is desired and that the intervention with adolescents who consume psychoactive substances is usually late and poorly structured. There are prevention sessions, particularly in schools, however, they are punctual and are not specific to a particular target population, so their impact is conditioned. Still regarding intervention in this context, there is a lack of training for technicians and teachers, who work with adolescents, in the area of substance consumption. It is difficult for them to know where to make the referrals and what procedures to adopt in cases of consumption and which entities can provide support in this regard. Even so, there is a joint effort for the entities to be able to respond in the sense of intervention in the consumption of psychoactive substances by adolescents, trying to work with them and their families. |
