O ensino da arquitectura e o envolvimento dos alunos: generalidades e caso de estudo

Autor: Silva, L.
Přispěvatelé: Feliciano Veiga
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2013
Předmět:
Popis: Enquadramento Conceptual: A disciplina da arquitectura, tal como é entendida hoje, não se insere no campo das artes, das humanidades ou das ciências mas é transversal a todos eles. Pela mesma razão da sua natureza complexa e generalista, o debate sobre o ensino e a aprendizagem da arquitectura é recorrente no seio da classe – mas nem por isso extraído do seu enquadramento disciplinar e analisado como objecto de estudo per si. Objectivos: Este artigo procura ensaiar uma reflexão sobre a problemática do ensino da arquitectura na perspectiva da experiência humana da aprendizagem e do grau de envolvimento pessoal entre partes alargando assim o seu campo de análise à psicologia e à educação. Metodologia: Em primeiro lugar procede-se a uma exploração conceptual do tema do ensino da arquitectura adjuvada pelo Estado da Arte e os debates que este tem suscitado. Em segundo lugar – e de forma a ensaiar uma aplicação dos objectivos propostos – toma-se como caso de estudo uma das duas escolas de arquitectura portuguesas entre a crise académica de 68 e a liberalização do ensino, em 1986, passando pelo 25 de Abril, já que é neste período que a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (ESBAL) e sua homónima do Porto (ESBAP) são democratizadas e inseridas na Universidade (Universidade Técnica de Lisboa e Universidade do Porto, respectivamente) originando a possibilidade de reformulações pedagógicas de fundo. De igual modo, é neste período que as duas Escolas mais se antagonizam gerando diferenças que virão suscitar juízos controversos sobre a qualidade do ensino praticado sustentados pela polarização do desempenho da arquitectura portuguesa em muitos casos citada pela sua excepcionalidade. Conclusão: Este artigo permite-nos concluir que (1) em tempo de crise política os alunos de arquitectura do DAESBAL procuraram na Escola um lugar identitário e que (2) posteriormente, num momento de transição, o esmorecimento do seu envolvimento na Escola, ao nível curricular, se deve à falta de estímulo. Assim, a sua formação foi mais relevante noutras escolas do que na escola institucional.
Databáze: OpenAIRE