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Assumindo a Sociologia nas suas três componentes – ciência, formação e profissão – procurou-se refletir acerca das configurações da cultura e identidade profissional dos sociólogos que exercem a sua atividade fora da academia. Para tal, recorreu-se a uma análise de carácter qualitativo, tendo sido utilizadas enquanto corpo empírico do estudo 19 entrevistas semiestruturadas dirigidas a sociólogos detentores de experiências e situações profissionais diversas. Os principais objetivos deste trabalho assentaram em entender práticas, princípios e representações de adesão ou de distanciamento à Sociologia preconizadas pelos sociólogos que exercem a sua atividade em contextos que extravasam os típicos papéis de “investigador” ou “professor universitário”. Neste sentido, analisaram-se questões relacionadas com a sua auto e hétero representação profissional, mas também as suas representações acerca da Sociologia e dos sociólogos. Analisou-se também em que medida a Sociologia e os conhecimentos e princípios científicos adquiridos na formação se mantêm enquanto referência destes indivíduos no desempenho da sua atividade profissional e as relações de proximidade e distanciamento que estabelecem face ao código deontológico dos sociólogos e o seu envolvimento em estruturas associativas da Sociologia. Por último, identificam-se os fatores que poderão explicar a maior ou menor adesão à Sociologia por parte dos sociólogos entrevistados. |