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O debate recente sobre as representações da Arquitetura e do Urbanismo e os papéis por elas desempenhados na produção do espaço contemporâneo consolidam campos transversais de experimentação e pesquisa. A condição meramente instrumental que permitiria supor a neutralidade dos meios técnicos tem sido questionada à medida que iniciativas nestes campos confirmam a insuficiência das oposições binárias entre apresentação e (re)presentação, subjetividade e objetividade, arte e ciência, estética e política. Em linhas gerais, a revisão crítica das representações em Arquitetura e Urbanismo alcança a terceira década do século XXI na posição de um enredo complexo, traçado por gestos emergentes e atravessado por vozes contra-hegemônicas. As ferramentas digitais promoveram transformações profundas em processos de projeto e ações de planejamento, na concepção de formas e espacialidades e nos modos de comunicá-las ou fabricá-las; a difusão de smartphones que conjugam recursos fotográficos e audiovisuais associada à popularização do acesso às redes, por sua vez, passou a impregnar a vida cotidiana, produzindo interferências nos modos de percepção e configurando tramas de informação sobre o espaço arquitetônico e o meio urbano em profusão e constante deslocamento ao redor do mundo. A compreensão desses fenômenos demanda não apenas o esquadrinhamento de uma fundamentação teórica atinente às dimensões cognitivas e tecnológicas infundidas, como o reconhecimento das naturezas e dinâmicas dos mencionados campos experimentais de estudo, dos processos de aprendizagem e contextos plurais de formação e interlocução de saberes em curso. Baseando-se no relato de experiências configuradas ou debatidas em rede no contexto da Pandemia de COVID-19 e recentemente, esta Sessão Livre propõe a atualização de reflexões sobre aspectos teórico-metodológicos referentes às representações da Arquitetura e do Urbanismo, explorando seus limites, suas potencialidades e horizontes de desdobramentos. Com ênfase nas especificidades dessa área e em suas interações com outros ramos do conhecimento – das Artes à Antropologia, da Teoria do Imaginário à Filosofia da Paisagem, por exemplo –, busca-se identificar as contribuições que podem advir de novos arranjos e práticas conjuntas de investigação para o campo disciplinar dos programas de pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo e sua estruturação vigente. |
