Assim na tevê como em casa? Patroas e empregadas na década de sessenta na Argentina

Autor: Pite, Rebekah E
Jazyk: Spanish; Castilian
Rok vydání: 2013
Předmět:
Zdroj: Revista de Estudios Sociales, Issue: 45, Pages: 212-224, Published: JAN 2013
Popis: A mediados del siglo XX, Doña Petrona C. de Gandulfo se convirtió en la experta en la cocina más famosa de Argentina. Su popularidad alcanzó nuevos picos cuando las clases de cocina junto a su asistente Juanita comenzaron a emitirse por televisión. Este artículo analiza el modelo de trabajo doméstico encarnado por las dos mujeres, comparándolo con el de otras amas de casa argentinas y sus empleadas domésticas en la década de 1960. Haciendo un amplio uso de documentos que incluyen historias orales, programas televisivos, revistas y archivos legales y gubernamentales, la investigación revela que la interacción pública de Doña Petrona y Juanita Bordoy era fascinante y a su vez blanco de críticas, ya que permitía a otras mujeres observar una típica relación doméstica privada durante un período en el cual la relación de muchas mujeres con la domesticidad y el trabajo pago estaba en plena transformación. Así, se propone que, para comprender las tensiones en torno a estos cambios, debemos cambiar nuestro marco de análisis y terminología. Mientras que los estudiosos de América Latina tienden a retratar las relaciones laborales domésticas como paternalistas, los vínculos de poder y afecto entre Doña Petrona y Juanita Bordoy -y muchas otras duplas domésticas- permiten afirmar que eran (y continúan siendo) más maternalistas en su esencia. Over the course of the mid-twentieth century, Doña Petrona C. de Gandulfo established herself as Argentina's leading domestic expert. Her popularity reached new heights when she began broadcasting her cooking lessons on television with her assistant, Juanita Bordoy. This article explores the model of domestic work portrayed by these two women in comparison to that of other Argentine homemakers and their paid help during the 1960s by drawing from a broad base of sources that includes oral histories, television programming, magazines, and government and legal documents. Such evidence suggests that Doña Petrona and Juanita Bordoy's public interactions were both captivating and open to critique because they enabled others to observe a typically private domestic relationship during a period in which many women's relationships to domesticity and to paid work were in flux. This article argues that, to understand the tensions surrounding these changes, we must shift our framework and our terminology. While scholars of Latin America have tended towards casting domestic work relationships as paternalistic, the bonds of power and affection between Doña Petrona and Juanita Bordoy-and countless other domestic pairs-were (and continue to be) more maternalistic in nature. Em meados do século XX, Dona Petrona C. de Gandulfo se converteu na especialista na cozinha mais famosa da Argentina. Sua popularidade atingiu novos picos quando as aulas de cozinha, junto a sua assistente Juanita, começaram a se transmitir pela televisão. Este artigo analisa o modelo de trabalho doméstico encarnado pelas duas mulheres, comparando-o com o de outras donas de casa argentinas e suas empregadas domésticas na década de 1960. Ao fazer um amplo uso de documentos que incluem histórias orais, programas televisivos, revistas e arquivos legais e governamentais, a pesquisa revela que a interação pública de Dona Petrona e Juanita Bordoy era fascinante e, ao mesmo tempo, alvo de críticas, já que permitia a outras mulheres observar uma típica relação doméstica privada durante um período no qual a relação de muitas mulheres com a domesticidade e o trabalho pago estava em plena transformação. Assim, propõe-se que, para compreender as tensões em torno dessas mudanças, devemos mudar nosso âmbito de análise e terminologia. Enquanto os estudiosos da América Latina tendem a retratar as relações laborais domésticas como paternalistas, os vínculos de poder e afeto entre Dona Petrona e Juanita Bordoy - e muitas outras duplas domésticas - permitem afirmar que eram (e continuam sendo) mais maternalistas em sua essência.
Databáze: OpenAIRE