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Resumen Las representaciones que tradicionalmente tenemos de la Amazonia omiten o minimizan los fenómenos urbanos que han sido parte fundamental de su configuración territorial, dejándonos la imagen de "espacios vacíos", "incógnitos" o "salvajes", que encierran selvas exuberantes, ampliamente diversas en fauna y flora, pero que no tienen dueños o habitantes civilizados y, por lo tanto, sus riquezas pueden ser aprovechadas por quienes describen el territorio. Sin embargo, esos mismos espacios se encuentran internamente demarcados por poblaciones que por lo menos en la representación cartográfica ponen en cuestión el discurso del vacío, lo cual evidencia que la construcción de dichos vacíos se encuentra enmarcada en disputas por el control territorial en las cuales borrar o no representar formas humanas de habitación, así como establecer enclaves urbanos, bien sea en la práctica o solo en la representación, resulta funcional para el ejercicio de apropiación territorial. En este sentido, como parte del inicio exploratorio de esta investigación, reflexionaré sobre el papel de la ciudad en la producción espacial amazónica y las formas como lo urbano ha sido representado en el marco de las disputas asociadas a la consolidación de los espacios territoriales Estado-nacionales en la Amazonia, enfatizando particularmente en los ejercicios simbólicos de representar a Colombia en la Amazonia. Para ello, trabajaremos a partir del análisis y la deconstrucción del mapa, siguiendo la propuesta metodológica de Bryan Harley (2005), e intentaremos comprender los sentidos y razones de la representación iconográfica de lo urbano en algunos mapas que incluyen la región amazónica a finales del siglo XIX. Abstract Our traditional representations of the Amazon overlook or minimize urban phenomena that have been fundamental to its territorial configuration. This created an image of "empty, " "unknown," or "wild" spaces that enclose lush jungles with a wide diversity of fauna and flora and no owners or civilized inhabitants, so their wealth can be exploited by those who describe the territory. Nonetheless, these same spaces are internally demarcated by populations that, at least in the cartographic representation, call into question the empty space discourse. This shows that the creation of these empty spaces is framed by disputes over territorial control in which erasing or not representing human inhabitants, as well as establishing urban settlements either in practice or in representation only, is functional for land grabbing. As part of the exploratory stage of this research, we reflect on the role of the city in Amazonian space production and how the concept of urban has been represented in the framework of disputes associated with the consolidation of national-state territorial spaces in the Amazon, emphasizing the symbolic practice of representing Colombia in the Amazon. For this, we employ map analysis and deconstruction, following Bryan Harley's methodological proposal, and attempt to understand the meanings of and reasons for urban iconographic representation in some maps that include the Amazon region at the end of the 19th century. Resumo As representações que tradicionalmente temos da Amazônia omitem ou minimizam os fenômenos urbanos que têm sido parte fundamental de sua configuração territorial, deixando-nos a imagem de "espaços vazios", "incógnitos" ou "selvagens", que envolvem selvas luxuriantes, amplamente diversificadas na fauna e flora, mas que não possuem donos ou habitantes civilizados e, portanto, suas riquezas podem ser aproveitadas por quem descreve o território. No entanto, esses mesmos espaços encontram-se internamente demarcados internamente por populações que, pelo menos na representação cartográfica, põem em causa o discurso do vazio, o que mostra que a construção desses vazios se enquadra em disputas pelo controle territorial para apagar ou não representar formas humanas de habitação, bem como estabelecer enclaves urbanos, seja na prática ou somente na representação, ai é funcional para o exercício da apropriação territorial. Nesse sentido, como parte do início exploratório desta investigação, refletirei sobre o papel da cidade na produção espacial da Amazônia e as formas pelas quais o urbano tem sido representado no âmbito das disputas associadas à consolidação dos espaços territoriais Estado-nacionais na Amazônia, enfatizando particularmente os exercícios simbólicos de representar a Colômbia na Amazônia. Para isso, vamos trabalhar a partir da análise e a desconstrução do mapa, seguindo a proposta metodológica de Bryan Harley (2005), e tentaremos entender os sentidos e as razões da representação iconográfica do urbano em alguns mapas que incluem a região amazônica ao final do século XIX. |
