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RESUMEN En este artículo se discute cómo al amparo de la creación de áreas naturales protegidas se generan nuevas territorializaciones que se sobreponen a territorios y territorializaciones ya existentes. Cada una de estas territorializaciones está anclada a saberes territoriales particulares, que responden a intereses y valoraciones de la naturaleza a veces contrapuestos. Se analizó cómo la creación de un área natural protegida, basada en un saber territorial experto, impactó las modalidades y posibilidades de acceso a recursos forestales esenciales para la economía familiar de varias poblaciones. Mostramos que en torno a la recolección de un recurso forestal no maderable existente en la montaña, los campesinos crearon su propio saber territorial. El cambio de extracción a cultivo de este recurso trastocó dicho saber. Los resultados aquí presentados son producto de un largo trabajo de campo en el que se combinó la investigación-acción y el trabajo etnográfico. ABSTRACT This paper discusses how, in the context of creating a protected natural area, new territorializations are generated that overlap existing territories and territorializations. Each of these territorializations is embedded in particular territorial knowledge, which responds to sometimes conflicting interests and valuations of nature. We analyzed how the creation of a protected natural area, based on expert territorial knowledge, impacted the modalities and possibilities of access to forest resources that were essential for the family economy of several populations. We show that around the harvest of a non-timber forest resource existing in the mountain, the peasants created their territorial knowledge. The change from the resource's extraction to its cultivation disrupted this territorial knowledge. The results presented here are the product of a long-field work that combined action-research and ethnographic work. RESUMO Neste artigo discute-se como é que ao abrigo da criação de áreas naturais protegidas se geram novas territorializações que se sobrepõem a territórios e territorializações já existentes. Cada uma destas territorializações está ancorada em saberes territoriais particulares, que respondem a interesses e valorações da natureza, às vezes contrapostos. Analisamos como a criação de uma área natural protegida, baseada em um saber territorial experto, impactou as modalidades e possiblidades de acesso a recursos florestais essenciais para a economia familiar de várias populações. Mostramos que em torno à colecção de um recurso florestal não madeireira existente na montanha, os camponeses criaram o seu próprio saber territorial. A mudança de extração a cultivo deste recurso prejudicou este saber territorial. Os resultados aqui apresentados são produto de um longo trabalho de campo em que se combinou a pesquisa-ação e trabalho etnográfico. |