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Resumo O presente artigo baseia a análise das origens da insurgência radical no Norte de Moçambique na relação com a resistência e/ou declínio do Estado. A opção teórica pretende oferecer uma perspetiva de análise deste tipo de movimentos para além dos Estudos de Terrorismo e de Segurança em voga desde o 11 de Setembro. A preocupação analítica central visa apreender em que medida as questões em causa sofreram mudanças ou, pelo contrário, refletem ressentimentos estruturais que se foram acentuando no decurso do longo processo de formação do Estado em relação com os grupos sociais locais. No final, tece um conjunto de considerações em torno das consequências inesperadas de respostas internas exclusivamente militares e acerca de intervenções internacionais de curto prazo e insuficientemente planeadas. |