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Resumo: O envelhecimento da população europeia é um dos maiores desafios que o continente enfrenta e Portugal é um dos países onde a longevidade é mais evidente. Mudanças vêm ocorrendo nos setores sociais, políticos, econômicos, culturais, entre outros, afetam as mais diversas empresas e modificam o ambiente organizacional, e torna- se um desafio manter e contratar pessoas mais velhas. Assim, o presente estudo tem por objetivo compreender os fatores que inibem a contratação de pessoas mais velhas. Por meio de revisão de literatura, procura-se identificar a faixa etária de pessoas mais velhas e perceber a partir de que idade se considera um colaborador, como uma pessoa mais velha para o trabalho. Segue-se a identificação dos mitos e estereótipos nos trabalhadores mais velhos. Este trabalho carateriza-se como um estudo de natureza descritiva. Foram realizadas entrevistas estruturadas com oito indivíduos com funções de responsabilidade na escolha de trabalhadores para os seus locais de trabalho. Foi garantido o sigilo e todos os entrevistados aceitaram e assinaram o Termo de consentimento livre e esclarecido. A quantidade de participantes foi determinada pelo principio da saturação. Os resultados mostraram que, embora o trabalhador mais velho seja reconhecido positivamente em termos de estabilidade, confiabilidade, conhecimento, experiência, iniciativa pessoal e orientação, eles são avaliados negativamente de muitas outras maneiras, carecem de flexibilidade ou criatividade, são menos vigilantes, são mais propensos a acidentes, não estão familiarizados com as novas tecnologias, são mais resistentes à inovação e às mudanças tecnológicas e são mais difíceis de treinar. Pode-se concluir que há alguma resistência por parte das organizações na contratação de pessoas mais velhas, resistência essa essencialmente representada pelos mitos e estereótipos associados aos trabalhadores de faixa etária mais avançada. |