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Resumo Introdução: A oxigenoterapia é uma das terapêuticas mais utilizadas a nível hospitalar, contudo não existem recomendações acerca da sua utilização no doente agudo. O Estudo EMO (Neves, 2012) demonstrou que a utilização de oxigénio nas enfermarias de Medicina Interna portuguesas não seguia as melhores práticas. Pretendeu-se avaliar o impacto da criação e implementação de protocolo de prescrição de oxigenoterapia por intervalo-alvo de saturação periférica num Serviço de Medicina Interna. Métodos: Realizou-se um estudo prospetivo através de auditorias regulares, nos anos 2017 e 2018, incidindo sobre uma amostra representativa dos doentes internados, avaliando variáveis demográficas, tipo de prescrição, identificação do risco de insuficiência respiratória hipercápnica, cumprimento da prescrição e falhas na administração. Resultados: Foram incluídos 781 doentes, constatandose que 583 (74,6%) tinham oxigenoterapia prescrita, dos quais 573 (98,3%) por intervalo-alvo de saturação periférica. Identificaram-se 235 (30, 1 %) doentes com risco de insuficiência respiratória hipercápnica, o que aumentou significativamente em 2018 (26,7% vs 33,3%, p = 0,043). No momento da auditoria, 390 (77,5%) dos doentes com prescrição por intervalo-alvo de saturação periférica adequada encontravamse no alvo pretendido. Verificou-se aumento significativo na prescrição por intervalo-alvo de saturação periférica (72,7% vs 99,6% em 2017 vs 97% em 2018, p = 0,017) e na identificação de doentes em risco de insuficiência respiratória hipercápnica (12,3% vs 26, 7% em 2017 vs 33,3 % em 2018, p=0,002). Conclusão: A criação do protocolo de oxigenoterapia e formação das equipas médica e enfermagem, permitiu melhorar os cuidados aos doentes, através de melhoria significativa na prescrição por intervalo-alvo de saturação periférica e na identificação de doentes em risco de insuficiência respiratória hipercápnica. |