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Resumo Os fibromas uterinos são o tumor sólido pélvico mais frequente nas mulheres, geralmente condicionando hipomenorreia. Não costumam estar associados a trombose venosa profunda, mas, quando atingem dimensões consideráveis podem condicionar fenómenos compressivos a nível da veia cava inferior e veias pélvicas e consequentes fenómenos trombóticos. Posteriormente, as lesões obstrutivas pós-trombóticas das veias ilíacas poderão levar ao desenvolvimento de clínica e sintomas compatíveis com doença venosa crónica. Se por um lado não existe indicação para intervenção profilática, quando essas lesões desenvolvem sintomas apesar do melhor tratamento médico (Classificação CEAP C3-6), está recomendada a sua correção via endovascular com recurso a stenting. Estas intervenções são procedimentos seguros e eficazes associadas a uma reduzida taxa de complicações,na ordem dos 0.4%. Os autores descrevem um caso clínico de uma utente do sexo feminino, de 47 anos, que desenvolveu síndrome pós-trombótico no contexto de um fibroma uterino de grandes dimensões, corrigido com recurso a tratamento endovascular. |