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Introduction: Anaemia after renal transplantation has been associated with chronic graft dysfunction and increased cardiovascular mortality. There are few paediatric studies on the prevalence and on the aetiological factors involved. Objectives: To determine the prevalence of anaemia in children after renal transplantation (RT) and associated risk factors. Methods: A descriptive, analytical, retrospective study was conducted by consulting the records of patients followed in the Paediatric Nephrology Unit of tertiary care hospital in Lisbon, with more than one year of renal transplantation. The prevalence of anaemia was determined at 3 and at 12 months post -RT and the following potential risk factors were analysed: pre -renal transplantation anaemia, viral infections (CMV, EBV, PVB19), urinary tract infections, iron deficiency, graft function and occurrence of acute graft dysfunction episodes. Results: We evaluated 45 children: 82% of Caucasians, 58% female, mean age at transplant 9 ± 3.9 years. Anaemia was present in 31 patients at 3 months after RT (71%) and in 30 patients at 12 months post -RT (67%). At pre-RT 29 children had anaemia (64%). At 12 months post -RT the anaemic group had: pre-RT anaemia in 70%, reduced glomerular filtration rate in 57%, viral infections in 50% (mainly CMV), graft dysfunction in 29%, iron deficiency in 26% and recurrent urinary infections in 12%. Viral infection was the only statistically significant factor at the 12 months analysis (p = 0.03). Conclusion: The prevalence of anaemia was relevant in our centre, 67% at 12 months post-RT with a multifactorial aetiology. Viral infection was the only statistically significant associated factor. Thus, regular screening of post -transplantation anaemia and evaluation of the multiple risk factors associated is recommended. Anaemia should be properly assessed and treated. Introdução: A existência de anemia apos transplantação renal tem sido associada a disfunção cronica do enxerto e aumento da mortalidade por eventos cardiovasculares. Existem ainda poucos estudos em idade pediátrica sobre a prevalência de anemia e os fatores etiológicos da mesma. Objetivos: Determinar a prevalência de anemia apos transplantação renal (TR) e os possíveis fatores associados. Métodos: Foi efetuado um estudo descritivo, analítico, retrospetivo através da consulta de processos clínicos de doentes com mais de um ano apos transplantação renal, seguidos na Unidade de Nefrologia Pediátrica de um centro terciário em Lisboa. Determinamos a prevalência de anemia aos 3 e aos 12 meses apos transplantação e analisamos os seguintes fatores de risco: existência de anemia pré-transplantação, infeções virais (CMV, EBV, PVB19), infeções do trato urinário, ferropenia, função do enxerto e episódios de disfunção aguda do mesmo. Resultados: Foram avaliadas 45 crianças: 82% caucasianos, 58% do sexo feminino, com idade media a data do transplante de 9 �± 3,9 anos. Verificou-se existência de anemia em 31 crianças (71%) 3 meses apos a TR e em 30 crianças (67%) 12 meses apos TR. No pré TR 29 crianças (64%) apresentavam anemia. No grupo com anemia aos 12 meses apos TR verificou -se a presença de: anemia pre TR em 70%, redução na taxa de filtração glomerular em 57%, infeções virais em 50% (principalmente CMV), disfunção do enxerto em 29%, deficiência de ferro em 26% e infeções urinarias recorrentes em 12%. A infeção viral foi o único fator estatisticamente significativo na analise aos 12 meses (p = 0,03). Conclusão: No nosso centro a prevalência de anemia aos 12 meses apos transplantação renal foi elevada (67%) e de etiologia multifatorial. A infeção viral foi o único fator estatisticamente significativo associado a existência de anemia. Recomenda-se o rastreio regular de anemia bem como dos múltiplos fatores de risco associados. A anemia apos transplantação renal deve ser devidamente avaliada e tratada. |