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Introduction: The use of proton pump inhibitors (PPIs) has a well-established role in the prophylaxis of gastrointestinal bleeding in critically care patients; however, its use in non-intensive care patients is controversial. The authors proposed to evaluate the prescription of PPIs as gastrointestinal bleeding prophylaxis during hospitalization of non-critically ill patients, including the indication and costs. Material and Methods: A prospective, observational, cross-sectional study. All patients admitted to our medical department during a 31 day period were included. At the time of admission, a gastrointestinal bleeding risk score was completed by the attending physician. A score equal or greater than 10 points identified appropriateness of PPIs for prophylactic therapy. Costs with PPI use were collected on the study period. Results: During the study period, 115 patients were admitted, of which 99 were included in the study (54.5% women, mean age 76.2 years). Of the gastrointestinal bleeding risk factors assessed: 28.3% acute kidney injury, 10.1% liver disease, 20.2% sepsis, 40.4% prophylactic anticoagulation, and 30.3% coagulopathy. According to the score used, 67.7% of the patients were in low or low-medium risk and 32.4% in high-medium or high risk. During hospitalization, 59.6% of the patients received PPIs, 45.8% of which inappropriately according to the risk score. The total cost of PPIs use was 101.9€, with an inappropriate spending of 46.6€ during a 31 day period in our Internal Medicine department alone. Conclusion: PPIs use was prevalent in non-critically ill patients (59.6%), of which 45.8% were inappropriate, representing a problem associated with iatrogenic risk and economic impact. Introdução: A utilização de inibidores da bomba de protões (IBPs) tem um papel bem estabelecido na profilaxia da hemorragia gastrointestinal no doente crítico; contudo, a sua utilização em doentes não-críticos é controversa. Os autores propuseram-se a avaliar a prescrição de IBPs em doentes num Serviço de Medicina Interna, incluindo a sua indicação e os custos associados. Material e Métodos: : Estudo prospectivo, observacional, transversal. Foram incluídos todos os doentes admitidos no nosso Serviço de Medicina Interna durante 31 dias. Na admissão foi preenchido pelo médico assistente uma escala de risco para hemorragia gastrointestinal. A pontuação igual ou superior 10 pontos afirmava a indicação para profilaxia com IBPs. Os custos associados ao uso de IBPs foram avaliados no período do estudo. Resultados: Foram admitidos 115 doentes, dos quais 99 doentes foram incluídos no estudo (54,5% mulheres, idade média 76,2 anos). Factores de risco: 28,3% lesão renal aguda, 10,1% patologia hepática, 20,2% sépsis, 40,4% anticoagulação profiláctica e 30,3% coagulopatia. De acordo com a escala de risco, 67,7% encontrava-se nos grupos baixo risco e 32,4% nos grupos alto risco. Verificámos que 59,6% dos doentes realizaram terapêutica com IBPs; destes, 45,8% de acordo com a escala de risco utilizada não apresentavam indicação para tal. O gasto em IBPs durante o estudo foi de 101,9€, portanto o valor estimado de gastos inapropriados foi de 46,6€ durante o estudo. Conclusão: A utilização de IBPs foi elevada no nosso departamento de medicina interna (59,6%). Destes doentes a utilização de IBPs foi inapropriada em 45,8%, o que representa um problema actual com risco iatrogénico e impacto económico. |