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Introducción: las infecciones bacterianas en los receptores de trasplante renal (TR) y reno-páncreas (TRP) son frecuentes y constituyen una de las principales causas de muerte en este grupo de pacientes. Es imperativo identificar el perfil de estos microorganismos para realizar un mejor abordaje terapéutico empírico. Objetivo: conocer la etiología y las características de las infecciones bacterianas tanto a nivel comunitario como nosocomial en un grupo de pacientes que recibieron TR y TRP, y fueron asistidos en el Hospital de Clínicas entre noviembre de 1987 y noviembre de 2010. Material y método: estudio retrospectivo de la evolución de todos los pacientes con TR y TRP que ingresados al Hospital de Clínicas hayan presentado por lo menos un episodio infeccioso de etiología bacteriana, sea comunitaria o nosocomial. Se definió como microorganismo multirresistente (MO-MR) si se trató de un SAMR, EVR o un BGN resistente por lo menos a tres grupos de antimicrobianos. Resultados: en el período de estudio, 122 pacientes recibieron un TR o TRP (seis pacientes fueron trasplantados en un centro diferente al Hospital de Clínicas). De aquellos, 64 (52,5%) desarrollaron por lo menos un episodio de infección bacteriana; 34 de sexo femenino (53,1%), con una edad media de 37,7 ± 11,4 años. Treinta y nueve recibieron un TR (60,1%) y 25 (39,1%) un TRP. La mediana de seguimiento fue de cinco meses (P25 = 1, P75 = 25). Hubo 138 episodios de infección bacteriana (2,07 episodios/paciente), de los cuales 76 fueron comunitarias y 62 nosocomiales. El foco más frecuente en ambos fue urinario (63,2% y 53,2%, respectivamente), seguido del respiratorio en las comunitarias (13%). El microorganismo predominante fue E. coli, seguido de Klebsiella spp. y Enterococcus spp. De un total de 103 microorganismos aislados 46 (44,7%) presentaron multirresistencia (con Klebsiella spp. y Acinetobacter baumannii como agentes más frecuentes). Conclusiones: el foco más frecuente en la comunidad fue el urinario y el respiratorio; en el ámbito nosocomial, infección de la herida quirúrgica y urinaria. Los microorganismos más frecuentes en la comunidad fueron E. coli y Klebsiella spp. y a nivel hospitalario Enterococcus spp., Klebsiella spp. y Acinetobacter baumannii. Se encontró una alta prevalencia de MO-MR que predominaron en los primeros seis meses postrasplante, donde A. baumannii emerge como un patógeno problema dada su elevada multirresistencia. Summary Introduction: bacterial infections in kidney (KTX) and kidney-pancreas transplant (KPTX) recipients are frequent and constitute one of the leading causes of death in this group of patients. The profile of these microorganisms needs to be identified in order to improve the empirical therapeutic approach. Objective: to learn about the etiology and characteristics of both community and hospital-acquired bacterial infections in a group of patients who received KTX and KPTX, and were see at the Clinicas Hospital from November 1987 through November, 2010. Method: retrospective study of the evolution of all patients with KTX and KPTX who were admitted at the Clinicas Hospital and presented at least one bacterial etiology infection episode, community and hospital-acquired. A multidrug-resistant (MDR) microorganism was defined if it were resistant to MRSA, VRE or a gram negative bacilli resistant to at least three groups of antimicrobial agents. Results: during the period of study 122 patients received KTX or KPTX (six patients were transplanted in a center different form the Clinicas Hospital). Out of these patients, 64 (52.5%) developed at least one bacterial infection episode; 34 of them were women (53.1%), average age was 37.7± 11.4 years old. Thirty nine patients received KTX (60.1%) and 25 (39.1%) KPTX. Median follow up was five months (P25 = 1, P75 = 25). There were 138 bacterial infection episodes (2.07 episodes/patient), 76 of which were community acquired and 62 were hospital acquired. In both cases, the most frequent center of infection was the urinary system (63.2% and 53.2% respectively), followed respiratory infections in the community acquired infections (13%). E. coli was the predominant microorganism, followed by Klebsiella spp. and Enterococcus spp. Out of 103 microorganisms isolated, 46 (44.7%) evidenced multidrug-resistance - Klebsiella spp. and Acinetobacter baumannii being the most frequent agents). Conclusions: the most frequent center of infection in community acquired infections were urinary and respiratory infections. As to hospital acquired infections, surgical lesions infections and urinary infections prevailed. E. coli and Klebsiella spp were the most frequent microorganisms in the community and Enterococcus spp., Klebsiella spp. and Acinetobacter baumannii were the most frequent one in the hospital context. A high prevalence of MO-MR was found in the first six months after transplantation, where A. baumannii appears as a problem pathogen given its high drug resistance. Resumo Introdução: as infecções bacterianas em receptores de transplante renal (TR) e reno-pancreáticos (TRP) são frequentes sendo uma das principais causas de morte neste grupo de pacientes. É fundamental identificar o perfil destes micro-organismos para uma melhor abordagem terapêutica empírica. Objetivo: conhecer a etiologia e as características das infecções bacterianas tanto comunitárias como hospitalares em um grupo de pacientes que receberam TR e TRP, e que foram atendidos no Hospital das Clínicas no período novembro 1987 - novembro 2010. Material e método: estudo retrospectivo da evolução de todos os pacientes com TR e TRP que internados no Hospital das Clínicas apresentaram ao menos um episodio infeccioso de etiologia bacteriana comunitária ou hospitalar. Definiu-se como micro-organismo multirresistente (MO-MR) quando se tratava de um SAMR, EVR ou um BGN resistente ao menos a três grupos de antimicrobianos. Resultados: no período estudado, 122 pacientes receberam um TR ou TRP (seis pacientes foram transplantados em um centro diferente ao do Hospital das Clínicas). Do total de pacientes, 64 (52,5%) apresentaram ao menos um episodio de infecção bacteriana; 34 de sexo feminino (53,1%), com média de idade de 37,7 ± 11,4 anos. Trinta e nove receberam um TR (60,1%) e 25 (39,1%) um TRP. A mediana do seguimento foi de cinco meses (P25 = 1, P75 = 25). Foram registrados 138 episódios de infecção bacteriana (2,07 episódios/paciente), dos quais 76 foram de origem comunitária e 62 hospitalares. Em ambos os grupos o foco mais frequente foi urinário (63,2% e 53,2%, respectivamente), seguido do respiratório da comunidade (13%). O micro-organismo predominante foi E. coli, seguido por Klebsiella spp. e Enterococcus spp. Do total de 103 micro-organismos isolados 46 (44,7%) apresentaram multirresistencia (sendo Klebsiella spp. e Acinetobacter baumannii os agentes mais frequentes). Conclusões: os focos mais frequentes na comunidade foram o urinário e ol respiratório; no ambiente hospitalar, infecção da ferida cirúrgica e urinária. Os micro-organismos mais frequentes na comunidade foram E. coli e Klebsiella spp. e no hospitalar Enterococcus spp., Klebsiella spp. e Acinetobacter baumannii. Observou-se uma alta prevalência de MO-MR que predominaram nos primeiros seis meses pós-transplante, sendo o A. baumannii um patógeno problema devido a sua elevada multirresistencia. |