Mudança estrutural e crescimento da produtividade no Brasil: onde estamos?

Autor: NASSIF, ANDRÉ, MORANDI, LUCILENE, ARAÚJO, ELIANE, FEIJÓ, CARMEM
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2020
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Political Economy, Volume: 40, Issue: 2, Pages: 243-263, Published: 17 APR 2020
Popis: The aim of this paper is to discuss the evolution of the Brazilian labour productivity in the 1990s and 2000s to shed some light on the resilience of the Brazilian economy to recover growth. Labor productivity growth in Brazil, after showing positive annual rates between 1950 and 1979, became stagnant after 1980. Following McMillan and Rodrik’s (2011) methodology, this paper at first decompose labor productivity growth in the period 1950-2011, according to “structural change” (which is considered growth-enhancing) and “within effect” (which is growth-reducing, if not accompanied by significant structural change while the country is still pursuing its catching-up process). Next, an econometric exercised is presented to explain the determinants of the structural change component of the labour productivity since economic opening in the 1990s. The results show that the stagnation of the Brazilian productivity is explained by the overvaluation trend of the Brazilian currency, the reprimarization of the export basket, the low degree of Brazil’s trade openness and the high real interest rates prevailing in the period. RESUMO O objetivo deste artigo é discutir a evolução da produtividade do trabalho brasileira nas décadas de 1990 e 2000, para lançar luz sobre a resiliência da economia brasileira em recuperar o crescimento. O crescimento da produtividade do trabalho no Brasil, após mostrar taxas anuais positivas entre 1950 e 1979, ficou estagnado após 1980. Seguindo a metodologia de McMillan e Rodrik (2011), este artigo inicialmente decompõe o crescimento da produtividade do trabalho no período 1950-2011, de acordo com o componente ‘structural change’ (potencializador de crescimento) e o ‘within effect’ (que reduz o crescimento, se não for acompanhado por uma mudança estrutural significativa enquanto o país ainda estiver em processo de catching-up). A seguir, é apresentado um exercício econométrico para explicar os determinantes do componente ‘structural change’ no período 1995-2011. Os resultados mostram que a estagnação da produtividade brasileira é explicada pela tendência de supervalorização da moeda brasileira, pela reprimarização da cesta de exportação, pelo baixo grau de abertura comercial do Brasil e pelas altas taxas de juros reais vigentes no período.
Databáze: OpenAIRE