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RESUMO Com base nos estudos em linguística aplicada trans/indisciplinar e em teorias discursivas de linguagem, este artigo investiga representações discursivas de ensino-aprendizagem de inglês de coaches de idiomas. Nosso corpus é constituído de dizeres enunciados por coaches, em vídeos no YouTube, nos quais buscamos regularidades enunciativas e delineamos quatro principais representações, a saber: (1) não se aprende inglês por métodos formais; (2) aprende-se inglês evitando-se a língua materna; (3) aprende-se inglês acreditando-se no próprio potencial; e (4) aprende-se inglês estabelecendo-se metas. Nossas análises apontam para o funcionamento de uma interdiscursividade neoliberalista que se atualiza na suposta novidade trazida pela profissão e reforça o imaginário de ensino-aprendizagem de uma língua outra como processo natural e espontâneo, passível de controle e domínio e, consequentemente, isento de quaisquer conflitos e tensões inerentes ao sujeito de linguagem. ABSTRACT Based on studies on trans/indisciplinary applied linguistics and on discursive theories of language, this paper investigates discursive representations of English teaching & learning by language coaches. To this end, this study investigated enunciative regularities in a corpus of utterances of English coaches on YouTube videos, delineating four main representations: (1) one does not learn English by formal methods; (2) one learns English by avoiding their mother tongue; (3) one learns English by believing in their own potential; and (4) one learns English by establishing goals. The analyses indicate a neoliberal interdiscursivity that is updated in the supposed novelty brought by the profession and reinforces the imaginary that teaching and learning a second language is a natural and spontaneous process that can be controlled and mastered, thus exempting any conflicts and tensions inherent to the subject of language. |