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OBJETIVO: Estudar a incidência e fatores de risco (tempo de doença e presença de hipertensão arterial sistêmica) para retinopatia diabética em 1002 pacientes encaminhados pelo Programa de Diabetes do Hospital Universitário Onofre Lopes no período de 1992 - 1995. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de pacientes com diagnóstico de diabetes mellitus encaminhados ao Setor de Retina do Departamento de Oftalmologia pelo Programa de Diabetes do Hospital Universitário e submetido, sob a supervisão do autor, a exame oftalmológico, incluindo medida da acuidade visual corrigida (tabela de Snellen), biomicroscopia do segmento anterior e posterior, tonometria de aplanação e oftalmoscopia binocular indireta sob midríase (tropicamida 1% + fenilefrina 10%). Foi realizada análise dos prontuários referente ao tempo de doenças e diagnostico clínico de hipertensão arterial sistêmica. RESULTADOS: Dos 1002 diabéticos examinados (em 24 deles a fundoscopia foi inviável), 978 foram separados em 4 grupos: sem retinopatia diabética (SRD), 675 casos (69,01%); com retinopatia diabética não proliferativa (RDNP), 207 casos (21,16%); com retinopatia diabética proliferativa (RDP), 70 casos (7,15%); e pacientes já fotocoagulados (JFC), 26 casos (2,65%). Do total, 291 eram do sexo masculino (29%) e 711 do sexo feminino (71%). Os 4 grupos foram ainda avaliados quanto ao sexo, a faixa etária, a acuidade visual, tempo de doença, presença de catarata e hipertensão arterial sistêmica e comparados entre si. Com relação ao tipo de diabetes, 95 eram do tipo I (9,4%), 870 pacientes eram do tipo II (86,8%), e em 37 casos (3,7%) o tipo de diabetes não foi determinado. CONCLUSÕES: Comprovou-se que os pacientes com maior tempo de doença tinham maior probabilidade de desenvolver retinopatia diabética, e que a hipertensão arterial sistêmica não constituiu fator de risco em relação à diminuição da acuidade visual nos pacientes hipertensos. PURPOSE: To study the incidence and risk factors (length of illness and arterial hypertension) for diabetic retinopathy in 1002 patients who were submitted to the diabetes program at the Onofre Lopes University Hospital from 1992 to 1995. METHODS: Retrospective study of patients diagnosed with diabetes mellitus referred by the university's diabetes Program to the Retina Department and were submitted to an ophthalmological examination, under the author's supervision, including: measurement of visual acuity, anterior and posterior biomicroscopy, Goldman applanation tonometry, and indirect ophthalmoscopy (tropicamide 1% + phenylephrine 10%) and analysis of the patients' records regarding length of disease and clinical arterial hypertension diagnosis. RESULTS: Of 1002 diabetic patients (in 24 fundoscopy was impossible to perform) 978 were divided into 4 groups: without diabetic retinopathy, 675 cases (69,01%); with non proliferative diabetic retinopathy, 207 cases (21,16%); with proliferative diabetic retinopathy, 70 cases (7,15%); and photocoagulated patients, 26 cases (2,65%). Of the total, 291 were males (29%) and 711 females (71%). These 4 groups were analyzed regarding gender, age, visual acuity, duration of the disease, presence of cataract and systemic hypertension.Concerning the type of diabetes, 95 were type I (9,4%), 870 were type II (86,8%), and in 37 cases (3,7%) the type of diabetes was not determined. CONCLUSION: It was shown that the longer patients had the disease, more likely they were to develop diabetic retinopathy and that hypertension systemic did not constitute a risk factor for the decrease of visual acuity in the hypertensive patients. |