Avaliação do uso de frações indigestíveis do alimento como indicadores internos de digestibilidade em ovinos

Autor: Kozloski, Gilberto Vilmar, Mesquita, Francisco Rondon, Alves, Tiago Pansard, Castagnino, Douglas de Souza, Stefanello, Cristiano Miguel, Sanchez, Luis Maria Bonnecarrère
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2009
Předmět:
Zdroj: Revista Brasileira de Zootecnia, Volume: 38, Issue: 9, Pages: 1819-1823, Published: SEP 2009
Popis: Avaliou-se o uso de matéria seca indigestível (MSi) e de fibra detergente neutro indigestível (FDNi) como indicadores internos de digestibilidade em ovinos. Utilizaram-se dados e amostras provenientes de seis ensaios independentes de digestibilidade com ovinos mantidos em gaiolas de metabolismo recebendo à vontade diversos tipos de volumoso e/ou concentrado. Os resíduos indigestíveis (MSi e FDNi) foram determinados após 144 horas de incubação in situ de amostras de alimentos e fezes. O grau de recuperação da MSi variou de 64,8 a 108,5% e o da FDNi, de 49,5 a 67,9%. Quando a relação entre a concentração dos indicadores nas fezes e nos alimentos não foi corrigida para a recuperação fecal, a maior parte das estimativas médias de digestibilidade da matéria orgânica dos experimentos foi inferior às médias obtidas in vivo. Quando a relação foi corrigida para a recuperação fecal, as estimativas médias de digestibilidade da matéria orgânica usando os dois indicadores foram similares às obtidas in vivo em todos os experimentos. Quando as estimativas individuais, corrigidas para recuperação fecal do indicador, foram relacionadas às observações in vivo por análise de regressão, o coeficiente de regressão linear foi similar a 1 usando a MSi, mas foi menor que 1 usando a FDNi. Os valores individuais de digestibilidade da matéria orgânica estimados com os dois indicadores, contudo, foram pobremente relacionados às observações in vivo (r² variou de 0,60 a 0,63). Corrigindo-se para a recuperação fecal, a matéria seca residual após 144 horas de incubação in situ pode ser utilizada como indicador interno para estimar a digestibilidade média da dieta consumida por um grupo de animais, mas não é precisa para detectar pequenas diferenças na digestibilidade de alimentos impostas pelos tratamentos em um experimento. The use of indigestible dry matter (iDM) and indigestible neutral detergent fiber (iNDF) as internal markers to estimate digestibility in lambs was evaluated. Data and samples were obtained from six independent digestion trials with lambs housed in metabolism cages given ad libitum different forage and concentrate feedstuffs. Indigestible residues were determined after 144 hours of in situ incubation of feed and faeces samples. Recovery rate varied from 64.8 to 108.5% for iDM, and from 49.5 to 67.9% for iNDF. As the marker ratio between marker concentration in the faeces and the feed was not corrected for fecal recovery, the large part of the estimated apparent organic matter digestibility (AOMD) of the experimental means were lower than the in vivo that obtained. As the marker ratio was corrected for fecal recovery of the marker, the AOMD means estimated using both markers were similar to the in vivo data in all experiments. As individual estimates, corrected for fecal recovery of the marker, were related to in vivo observations through regression analysis, the slope of the regression for iDM was not different from 1 whereas for iNDF, the slope was lower than 1. Individual AOMD values estimates using both markers, however, were poorly related to the in vivo observations (r² varied from 0.60 to 0.63). Once corrected for fecal recovery, residual DM after 144 hours of in situ incubation is suitable for use as an internal marker to estimate mean diet digestibility consumed for a group of animals. However, individual estimates were not accurate to detect small differences in digestibility imposed by different treatments within an experiment.
Databáze: OpenAIRE