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Resumo: Introdução: O curso de graduação em Medicina da Universidade Estadual de Londrina foi o segundo do Brasil a adotar currículo integrado e Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL). Apesar de seu currículo inovador ter servido de referência a outras escolas, avaliações recentes mostraram a necessidade de reforma. Relato de experiência: As avaliações sistemáticas do curso indicaram os seguintes problemas: dificuldade de adaptação dos ingressantes à primeira série; desorganização da sequência de conteúdos ao longo do curso; falta de motivação docente para as atividades da primeira à quarta série; necessidade de incluir tópicos obrigatórios e novas tendências; e desgaste da metodologia (PBL) a partir da terceira série. Um amplo trabalho de reforma curricular foi iniciado, baseado na construção coletiva, culminando em mudanças, como: o desenho de uma primeira série mais acolhedora por meio da inclusão de nivelamento de ciências básicas e mentoria; a reorganização cronológica dos conteúdos; o redesenho dos módulos, agora organizados ao redor de grandes áreas ou especialidades afins; a adoção de metodologias ativas mais motivadoras; e a inclusão de novos conteúdos. Discussão: A adoção de novas metodologias ativas em substituição à PBL em alguns momentos apresenta vantagens estratégicas. A Aprendizagem Baseada em Equipes (TBL), mais estruturada que a PBL, pode ajudar na adaptação dos ingressantes à primeira série e facilitar a realização de metodologias ativas num contexto de escassez de docentes. A Aprendizagem Baseada em Casos (CBL) é mais motivadora e pode ser mais efetiva para desenvolver habilidades de raciocínio clínico nas séries pré-internato. Conclusão: O novo currículo, que incorpora as mudanças mencionadas, foi implantado em 2022. Novas avaliações mostrarão se as mudanças trarão melhorias ao curso em termos de adaptação, motivação e resultados de aprendizagem. Abstract: Introduction: The undergraduate medical course of the State University of Londrina was the second in Brazil to adopt an integrated curriculum and Problem-Based Learning (PBL). Despite its innovative curriculum, which became a reference for other schools, new assessments showed the need to reform it. Experience Report: Systematic course evaluations showed some issues: difficulties in adaptation of new students attending the first year; disorganized sequence of contents throughout the course; teachers’ lack of motivation for activities from first to the fourth years; need to include new contents; and deterioration of the methodology (PBL) in third and fourth years. A wide collective effort for curricular reform was initiated, which led to important changes, such as: a more welcoming first year, by including mentoring and activities for the leveling of basic knowledge; chronological reorganization of contents; redesign of modules around great areas of knowledge or related specialties; adoption of new and more motivating active learning and teaching methodologies, and the inclusion of new topics/trends. Discussion: The adoption of other active learning and teaching methodologies present strategic advantages in replacement for PBL. Team-Based Learning (TBL) is a more structured method than PBL, so it can help newcomers to adapt to the first year and make it easier to implement active methodologies in a context of teacher shortage. Case-Based Learning (CBL) generates higher motivation and can be more effective to foster the development of clinical reasoning skills in the preclinical years. Conclusion: The new curriculum, incorporating the changes described above, started in 2022. Further evaluations will show whether the changes will improve the course in terms of adaptability, motivation and learning outcomes. |