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Much is discussed about the limits of the treatment of anterior shoulder instability by arthroscopy. The advance in understanding the biomechanical repercussions of bipolar lesions on shoulder stability, as well as in the identification of factors related to the higher risk of recurrence have helped us to define, more accurately, the limits of arthroscopic repair. We emphasize the importance of differentiation between glenoid bone loss due to erosion (GBLE) and glenoid edge fractures, because the prognosis of treatment differs between these forms of glenoid bone failure. In this context, we understand that there are three types of bone failure: a) bone Bankart (fracture); b) combined; and c) glenoid bone loss due to anterior erosion (GBLE), and we will address the suggested treatment options in each situation. Until recently, the choice of surgical method was basically made by the degree of bone involvement. With the evolution of knowledge, the biomechanics of bipolar lesions and the concept of glenoid track, the cutoff point of critical injury, has been altered with a downward trend. In addition to bone failures or losses, other variables were added and made the decision more complex, but a little more objective. The present update article aims to make a brief review of the anatomy with the main lesions found in instability; to address important details in arthroscopic surgical technique, especially in complex cases, and to bring current evidence on the issues of greatest divergence, seeking to guide the surgeon in decision making. Resumo Muito se discute sobre os limites do tratamento da instabilidade anterior do ombro por artroscopia. O avanço no entendimento das repercussões biomecânicas das lesões bipolares sobre a estabilidade do ombro, bem como na identificação de fatores relacionados ao maior risco de recidiva têm nos ajudado a definir, de forma mais apurada, os limites do reparo por via artroscópica. Ressaltamos a importância de diferenciação entre perda óssea por erosão da glenoide (POAG) e fraturas da borda da glenoide, pois o prognóstico do tratamento diverge entre essas formas de falha óssea da glenoide. Neste contexto, entendemos que há três tipos de falha óssea: a) Bankart ósseo (fratura); b) combinada; e c) POAG, e abordaremos as opções de tratamento sugerido em cada situação. Até há pouco tempo, a escolha do método cirúrgico era norteada basicamente pelo grau de acometimento ósseo. Com a evolução do conhecimento, da biomecânica das lesões bipolares e do conceito do glenoid track (trilho da glenoide), o ponto de corte da lesão crítica, vem sendo alterado com tendência de queda. Além das falhas ou perdas ósseas, outras variáveis foram adicionadas e tornaram a decisão mais complexa, porém um pouco mais objetiva. O presente artigo de atualização tem como objetivo fazer uma breve revisão da anatomia com as principais lesões encontradas na instabilidade; abordar detalhes importantes na técnica cirúrgica artroscópica, em especial nos casos complexos, e trazer as evidências atuais sobre os assuntos de maior divergência, buscando guiar o cirurgião na tomada de decisão. |