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OBJECTIVE: To assess the need for emergency care in a tertiary hospital, in the Ophthalmology Emergency Room of the University of the São Paulo Medical School General Hospital. MATERIALS AND METHODS: A cross-sectional analytic study of the treatment complexity level was carried out in a readily available sample, n = 574, of patients seen at the Ophthalmology Emergency Room of the University of São Paulo Medical School General Hospital, during a typical week. RESULTS: Of the 574 treated patients, 69.0% of the cases were diagnosed as requiring a simple treatment for their problem. The most frequent diagnoses were related to ocular inflammation and infection (55.0%), mainly including conjunctivitis (29.4%) and eyelid inflammations (10.5%). Next in frequency were ocular trauma (19.2%), particularly foreign bodies on the cornea (7.5%) and blunt trauma (5.2%). Refractive errors (3.1%) was the most prevalent diagnosis in the "other ocular modifications" category. CONCLUSION: Most of the cases (69.0%) treated at the Ophthalmology Emergency Room of the University of São Paulo Medical School General Hospital could have been diagnosed and treated in primary or secondary care units. Also, the fact that return visits to check recovery are seen in the ER demonstrates the lack of referral services. The fact that patients come to a tertiary hospital with rather simple cases shows the poor structure of the Brazilian Public Healthcare System, which overloads the tertiary care facilities, where costs for human resources, materials, and other items are higher. OBJETIVO: Verificar a necessidade de atendimento em hospital terciário de casos emergenciais do Pronto-Socorro de Oftalmologia do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. MATERIAL E MÉTODO: Realizou-se um estudo transversal analítico em amostra prontamente acessível, n= 574, de pacientes emergenciais atendidos no Pronto-Socorro Oftalmológico do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, obtida em semana típica de atendimento. RESULTADOS: Dos 574 pacientes atendidos, 69,0% dos casos foram diagnosticados como de simples resolução. Os diagnósticos mais freqüentes estavam relacionados com inflamações e infecções oculares (55,0%), entre elas destacaram-se as conjuntivites (29,4%) e as inflamações palpebrais (10,5%). A seguir vêm os traumatismos oculares (19,2%), destacando-se os corpos estranhos de córnea (7,5%) e trauma contuso (5,2%). Os erros de refração (3,1%) foram preponderantes na categoria de diagnóstico "outras alterações oculares". CONCLUSÃO: A maioria (69,0%) dos casos atendidos no Pronto-Socorro de Oftalmologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo poderia ser diagnosticada e tratada em níveis primário e secundário de atendimento. A procura por um hospital terciário para tratamentos de casos simples, evidencia desestruturação na rede do Sistema Público Brasileiro de Atendimento à Saúde e sobrecarrega uma unidade terciária, cujo custo envolvendo recursos humanos, materiais e de consumo é muito maior. |