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Resumo A emergência da pandemia ocasionada pela covid-19 impôs modelos de cuidados preventivos, por meio de ações adotadas para evitar o agravamento da disseminação viral. Dentre essas medidas, o isolamento físico proposto pela Organização Mundial de Saúde (OMS) foi o que certamente trouxe maiores repercussões e ressignificações para as diferentes dimensões da vida social. Atividades habituais, como ir à escola passaram, a ser incorporadas ao ambiente domiciliar, reorganizando práticas tradicionais já estabelecidas socialmente. Este estudo qualitativo objetiva descrever as experiências das mães e identificar quais os principais desafios em relação ao acompanhamento das atividades escolares de seus filhos durante as aulas não presenciais. Para esta finalidade, foram realizadas entrevistas por meio telefônico. Os relatos foram divididos em três categorias temáticas a respeito do ensino remoto-domiciliar, na qual a primeira mostra as adaptações para o novo modelo de ensino, a segunda categoria abarca as diferentes experiências e a terceira aborda as dificuldades de acesso aos equipamentos e conexões. Por meio dos relatos, nota-se o quanto se torna complexa a experiência dessa modalidade de ensino quando associada à sobrecarga de afazeres domésticos e profissionais das participantes dentro de seus lares. Esta queixa é mais intensa entre as participantes que exercem profissão remunerada. Abstract The pandemic caused by COVID-19 imposed models of preventive care through a series of measures aimed to avoid the virus spread. Among them, the physical isolation proposed by the World Health Organization (WHO) was the one that certainly had the greatest repercussions and resignifications to the different dimensions of social life, forcing the reorganization and incorporation of traditional practices into the domestic environment, such as studying at school. This qualitative study aims to describe the experiences and identify the main challenges faced by mothers in monitoring their children’s school activities during non-presential classes. Data were collected by means of telephone interviews and divided into three thematic categories regarding the home-remote teaching: the first category shows the adaptations for distance learning, the second addresses participants’ different experiences with this learning modality, and the third reports the difficulties in accessing equipment and internet connections. The reports evince the complexity of this teaching modality when associated with mothers’ domestic and professional overload, especially for participants with a paid occupation. |