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Foram tratados com oxamniquine (dose oral única de 12,5 a 15 mg e 15 a 20 mg/kg de peso, para maiores e menores de 15 anos respectivamente) 180 indivíduos com esquistossomose mansoni, matriculados na Clínica de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. As idades variaram de 5 a 65 anos e as formas clínico-evolutivas prevalentes foram a intestinal e hepatointestinal. Os principais efeitos colaterais neuropsiquiátricos foram: sonolência (50,6%), tontura (41,1%), cefaléia (16,1%), amnésia transitória (2,2%), alterações de comportamento (1,7%), tremores (1,1%) e convulsão (1,1%). Em 20 indivíduos foi avaliada a neurotoxicidade da droga através de eletroencefalografia, antes e após o tratamento. Em 3 (15%), foram detectados alterações no traçado, sem contudo apresentarem manifestações clínicas neuropsiquiátricas. Os resultados demonstram ser o oxamniquine determinante de efeitos tóxico-colaterais na esfera neuropsiquiátrica. One hundred and eighty patients from the "Clínica de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo" with mansonic schistosomiasis have been treated with oxamniquine (single oral dose 12.5 — 15 mg or 16-20 mg/kg body weight, respectively to patients younger or older than 15 years old). The patients were 5 to 65 years old and the predominant clinical forms were intestinal and hepato-intestinal disease. The main neuropsychiatric side effects were: drowsiness (50.6%), dizziness (41.1%), headache (16.1%), temporary amnesia (2.2%), behaviour disturbances (1.7%), chills (1.1%), seizures (1.1%). In 20 patients the neurotoxicity associated with the drug has been evaluated comparing the electroencephalogram before and after the treatment. Alterations have been detected in 3 (15%) but were not associated with neuropsychiatric manifes- tations. The results show that oxamniquine determines toxic side effects in the neuropsychiatric area. |