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BACKGROUND: Patients infected with the human immunodeficiency virus (HIV) have generally been excluded from consideration for liver transplantation. Recent advances in the management and prognosis of these patients suggest that this policy must be reevaluated. AIM: To identify the current position of Brazilian transplant centers concerning liver transplantation in asymptomatic HIV-infected patients with end-stage liver disease. METHODS: A structured questionnaire was submitted by e-mail to Brazilian groups who perform liver transplantation and were active in late 2003, according to the Brazilian Association of Organ Transplantation. RESULTS: Of the 53 active groups, 30 e-mail addresses have been found of professionals working in 41 of these groups. Twenty-one responses (70%) were obtained. Most of the professionals (62%) reported that they do not include HIV-infected patients in waiting lists for transplants, primarily on account of the limited world experience. They also reported, however, that this issue will soon be discussed by the group. Those who accept these patients usually follow the guidelines provided by the literature: patients must fulfill the same inclusion criteria as the other patients with end-stage liver diseases, present low or undetectable HIV viral load, and a CD4 count above 250/mm³. They reported that there are 10 HIV-infected patients in waiting list and that only one patient has received a liver transplant in the country. CONCLUSION: Most centers do not accept in waiting lists for liver transplantation patients with HIV infection, even asymptomatic ones. However, advances in the management of HIV-infected patients suggest that this policy must be reevaluated. In Brazil, there is practically no experience in liver transplantation in HIV-positive patients. RACIONAL: Pacientes infectados com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) têm sido comumente excluídos dos programas de transplantes de fígado. Avanços recentes no tratamento e prognóstico desses pacientes sugerem que essa política deva ser reavaliada. OBJETIVO: Identificar a orientação atual dos transplantadores brasileiros em relação a transplante de fígado em pacientes infectados com HIV, assintomáticos, com doença hepática terminal. MÉTODOS: Envio de questionário estruturado, por correio eletrônico, para grupos que realizam transplante hepático e ativos no final de 2003, segundo Associação Brasileira Transplantes de Órgãos. RESULTADOS: Dos 53 grupos em atividade, identificou-se o endereço eletrônico de 30 profissionais, que atuam em 41 desses grupos. Foram recebidas 21 respostas (70%). A maioria dos profissionais (62%) informou não incluir pacientes anti-HIV reagentes em lista para transplante, fundamentalmente em razão da pequena experiência mundial. Contudo, relataram que o assunto será discutido brevemente pelo grupo. Profissionais que aceitam esses pacientes adotam, em geral, orientações sugeridas na literatura: devem preencher os critérios de inclusão que os demais pacientes com doenças hepáticas terminais, ter carga viral do HIV baixa ou negativa e contagem de CD4 >250/mm³. Informaram haver 10 pacientes anti-HIV reagentes em lista e que apenas 1 paciente foi transplantado no país. CONCLUSÃO: A maioria dos profissionais não aceita pacientes anti-HIV reagentes mesmo que assintomáticos, em lista de espera para transplante hepático. Contudo, os avanços no manejo de pacientes com HIV recomenda que essa posição seja reavaliada. Praticamente não há experiência em nosso país, com transplante hepático em pacientes anti-HIV reagentes. |