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JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O manuseio da dor de paciente com dor crônica exige uma abordagem multifuncional, que implica física, psicológica, social e ocupacional. O entendimento da fisiopatologia da dor e sua avaliação precisam otimizar o tratamento. O objetivo deste estudo foi avaliar de forma abrangente os mais fortes preditores de qualidade de vida através de registros semanais realizados em regime ambulatorial e domiciliar verificando atividades de vida prática e diária. MÉTODO: Foram aplicados os instrumentos: Inventário de Dor de Wisconsin, Gráfico de Humor, Questionário de Dor McGill, Protocolo Pós-Sono e Questionário genérico de qualidade de vida (Whoqol-bref). RESULTADOS: A atividade física, o desempenho ocupacional e o padrão de sono prenunciaram melhor qualidade de vida. A sensibilidade à dor, evitar o medo, e dependência de outra pessoa são responsáveis por quantidade significativa da variação nas atividades propostas. Estes achados sugerem que as fontes externas de reforço e orientação podem servir para influenciar o comportamento físico e social além de pistas internas, tais como evitar o medo ou a dor. CONCLUSÃO: A dor crônica neuropática deve ser avaliada em suas particularidades de apresentação clínica, comportamental e aspectos sociais, já que tais elementos são fundamentais para uma boa evolução. BACKGROUND AND OBJECTIVES: Chronic pain management requires a multifunctional approach implying physical, psychological, social and occupational support. The understanding of pain physiopathology and its evaluation need to optimize the treatment. This study aimed at comprehensively evaluating the strongest predictors of quality of life through weekly data recorded in outpatient settings or at home to check practical and daily life activities. METHOD: The following tools were applied: Wisconsin Pain Inventory, Mood Chart, McGill's Pain Questionnaire, Post-sleep Protocol and Generic quality of life questionnaire (Whoqol-bref). RESULTS: Physical activity, occupational performance and sleep patterns have predicted better quality of life. Pain sensitivity, avoiding fear, and dependence on other people are responsible for significant variations in proposed activities. These findings suggest that external support and orientation sources may influence physical and social behavior in addition to internal clues, such as avoiding fear or pain. CONCLUSION: Chronic neuropathic pain should be evaluated taking into account its peculiarities of clinical and behavioral presentation and social aspects, since such elements are critical for a positive evolution. |