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Resumo Objetiva-se analisar a evolução da pandemia de Covid-19 no contexto da Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), marcado pelas características metropolitanas de mobilidade pendular, alta densidade populacional e concentração de áreas carentes de infraestrutura urbana, a partir da dispersão territorial da doença, relacionando o comportamento às características territoriais e demográficas da RMPA. Foram utilizados dados de casos e óbitos disponibilizados pela Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, entre março de 2020 e abril de 2021, que foram relacionados aos dados de movimentos pendulares por trabalho disponibilizados pelo IBGE, a fim de compreender a dispersão da Covid-19, já que a associação entre rede urbana e dispersão territorial do Covid-19 expressa a necessidade da compreensão das relações entre mobilidade decorrentes do fator trabalho. Por meio de microdados do Censo do IBGE, buscou-se relacionar a desigualdade de acesso aos serviços básicos à propagação da doença. Identificou-se a busca por serviços de hospitais, os fluxos pendulares para trabalho, a carência de infraestrutura básica nos domicílios como potenciais fatores de aglomeração e de maior propagação da doença. Revela-se também a necessária integração entre temas relacionados ao planejamento urbano e regional às políticas públicas como componentes essenciais em contextos de riscos à saúde pública. Abstract This article aims to analyze the evolution of the Covid-19 pandemic in the context of the Metropolitan Region of Porto Alegre (RMPA), marked by the metropolitan characteristics of commuting, high population density and concentration of areas with a lack of urban infrastructure. The analysis goes from the disease dispersion process in the region to the behavior of the territorial and demographic characteristics of the RMPA. For this study, data on cases and deaths provided by the Rio Grande do Sul Health Department between March 2020 and April 2021 were used, and these were related to data on commuting by work provided by the IBGE, in order to understand the dispersion of Covid-19, since the association between the urban network and territorial dispersion of Covid-19 expresses the need to understand the relationships between mobility resulting from the work factor. In addition, through microdata from the IBGE Census, a relation between inequality in access to basic services and the spread of the disease was stablished. The research also identified the search for hospital services, the commuting to work and the lack of basic infrastructure in the homes as potential factors for agglomeration and greater spread of the disease. It also reveals the necessary integration between themes related to urban and regional planning and public policies as essential components in contexts of risks to public health. |