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OBJECTIVE: To assess public stigma in relation to people with schizophrenia and possible factors associated with this phenomenon. METHOD: A cross-sectional study was conducted with a probabilistic sample of 500 individuals who live in the city of São Paulo, Brazil, and are aged between 18 and 65 years. A structured questionnaire was used, and it was applied in person. Questionnaire began with the presentation of a vignette describing an individual with schizophrenia (according to DSM-IV and ICD-10 criteria). This was followed by questions that assessed perceived negative reactions and discrimination, perceived dangerousness and emotional reactions in relation to the case presented in the vignette. RESULTS: People with schizophrenia were perceived as potentially dangerous by 74.2% of interviewees. In addition, 59.0% of the sample perceived them as capable of arousing negative reactions, and 57.2%, as capable of arousing discrimination in society. However, emotional reactions reported by the interviewees themselves were mainly pro-social in nature. The most important factors associated with these responses were: attribution of "biological" causes and perceived dangerousness. CONCLUSION: This study indicated that beliefs related to public stigma towards people with schizophrenia are commonly held in São Paulo city. An important focus for future studies is to investigate the scope and impact of public stigma on the everyday experiences of people with schizophrenia in the Brazilian context. OBJETIVO: Avaliar o estigma público em relação a pessoas com esquizofrenia e possíveis fatores associados a este fenômeno. MÉTODO: Foi realizado inquérito domiciliar com uma amostra probabilística de 500 indivíduos residentes na cidade de São Paulo, com idade entre 18 e 65 anos. Utilizou-se um questionário estruturado que se iniciava com a apresentação de uma vinheta descrevendo um indivíduo com esquizofrenia (segundo o DSM-IV e a CID 10), seguido de um questionário estruturado com questões sobre a percepção de reações negativas e discriminação, a percepção do risco de violência e as reações emocionais em relação ao caso apresentado na vinheta. RESULTADOS: Pessoas com esquizofrenia foram percebidas como potencialmente perigosas por 74,2% dos entrevistados. Além disso, 59,0% da amostra acreditam que estas pessoas podem gerar reações negativas, enquanto 57,2% acreditam que podem provocar discriminação na sociedade. No entanto, reações emocionais relatadas pelos próprios entrevistados foram principalmente de natureza positiva. Os fatores mais importantes associados a estas respostas foram atribuição de causas "biológicas" e percepção de risco de violência. CONCLUSÃO: Este estudo indica que crenças relacionadas ao estigma público em relação a pessoas com esquizofrenia são encontradas com frequência entre a população da cidade de São Paulo. Um importante foco para futuros estudos é investigar o impacto do estigma público nas experiências diárias de pessoas com esquizofrenia no contexto brasileiro. |