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As famílias formadas por gays e lésbicas têm se tornado progressivamente mais numerosas e visíveis em vários países do mundo ocidental. Na França, pais e mães homossexuais estão em sua grande maioria organizados em associações, sendo a APGLa principal delas. As famílias homoparentais francesas são oriundas de recomposições familiares, adoções, reprodução assistida ou coparentalidades. Este último caso, objeto deste artigo, se caracteriza por acordos entre gays e lésbicas para a procriação de crianças que circularão entre as residências paterna e materna. Argumento que, apesar da relativa novidade histórica dos arranjos de coparentalidade, as relações entre pais e mães reproduzem assimetrias de gênero que, no entanto, não possuem o mesmo significado que nas famílias constituídas por casais heterossexuais. The families formed by gay men and lesbians have become increasingly numerous and visible in many countries of the Western world. In France, gay fathers and mothers are mostly organized in associations, with the APGL as the main one. The French same-sex families are derived from family reconstitution after divorce, adoptions, assisted reproduction or co-parenting. The latter case, the object of this article, characterizes arrangements made by gays and lesbians to have children who move between the paternal and maternal homes. I argue that despite the relative historical novelty of the co-parenting arrangements, the relationships between fathers and mothers continues to reproduce gender differences that, however, do not have the same meaning as in the families composed by heterosexual couples. |