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FUNDAMENTO: Estudos recentes indicam forte associação entre inatividade física, baixo nível de condicionamento cardiorrespiratório e presença de fatores de risco cardiovascular. OBJETIVO: Comparar o nível de atividade física, o nível de condicionamento cardiorrespiratório e o risco cardiovascular entre estudantes de medicina e de educação física. MÉTODOS: Em uma primeira etapa aplicou-se o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) para quantificar a atividade física em 126 alunos dos 7os e 8os períodos dos cursos de educação física e medicina. Em uma segunda etapa, selecionou-se, por intermédio de randomização, 40 alunos, 20 de cada curso, para avaliação de fatores de risco cardiovascular e avaliação do condicionamento cardiorrespiratório. Foram mensurados: 1) pressão arterial; 2) índice de massa corpórea (IMC); 3) percentual de gordura (bioimpedância elétrica); 4) circunferência de cintura (CC); 5) testes bioquímicos laboratoriais; e 6) condicionamento cardiorrespiratório (Teste de Kline). RESULTADOS: Comparando estudantes de medicina a estudantes de educação física, respectivamente, foi observada maior frequência de indivíduos apresentando: baixo nível de atividade física (55% vs 15,0%; p = 0,008); pré-hipertensão pela PAS (80% vs 25,0%; p = 0,000) e pela PAD (45% vs 5,0%; p = 0,003); sobrepeso (50% vs 10,0%; p = 0,006); circunferência de cintura aumentada (25% vs 0,0%; p = 0,017); colesterol total elevado (165 ± 28 vs 142 ± 28 mg/dl; p = 0,015); LDLc elevado (99 ± 27 vs 81 ± 23 mg/dl; p = 0,026); glicemia elevada (81 ± 8,0 vs 75 ± 7,0 mg/dl; p = 0,013); menor condicionamento cardiorrespiratório (48 ± 8,0 vs 56 ± 7,0 ml/kg/min; p = 0,001). CONCLUSÃO: Estudantes de medicina apresentam menor quantitativo de prática de atividade física, menor nível de condicionamento cardiorrespiratório e maior frequência dos fatores de risco cardiovascular, comparados aos de educação física. BACKGROUND: Recent studies have demonstrated a strong association between physical activity, low level of cardiorespiratory fitness and the presence of cardiovascular risk factors. OBJECTIVE: Compare the level of physical activity, level of cardiorespiratory fitness and cardiovascular risk in students of medicine and physical education. METHODS: At the first phase, the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) was used to quantify the physical activity level of 126 students from the 7th and 8th semesters of the physical education and medicine courses. At the second phase, 40 students were randomly selected (20 from each course) to undergo cardiovascular risk assessment and cardiorespiratory fitness. The following data were assessed 1) arterial pressure; 2) body mass index (BMI); 3) percentage of fat (electrical bioimpedance); 4) abdominal circumference (AC); 5) laboratory biochemical assessment; and 6) cardiorespiratory fitness (Kline's Test). RESULTS: The comparison of students of medicine and physical education, respectively, showed a higher frequency of individuals presenting: low level of physical activity (55% vs 15.0%; p = 0.008); pre-hypertension measured by SAP (80% vs 25.0%; p = 0.000) and by DAP (45% vs 5.0%; p = 0.003); overweight (50% vs 10.0%; p = 0.006); increased abdominal circumference (25% vs 0.0%; p = 0.017); increased total cholesterol (165 ± 28 vs 142 ± 28 mg/dl; p = 0.015); increased LDL-c (99 ± 27 vs 81 ± 23 mg/dl; p = 0.026); increased glycemia (81 ± 8.0 vs 75 ± 7.0 mg/dl; p = 0.013); lower cardiorespiratory fitness (48 ± 8.0 vs 56 ± 7.0 ml/kg/min; p = 0.001). CONCLUSION: Students of medicine presented lower levels of physical activity practice, lower level of cardiorespiratory fitness and higher frequency of cardiovascular risk factors, when compared to Physical Education students. FUNDAMENTO: Estudios recientes indican fuerte asociación entre inactividad física, bajo nivel de acondicionamiento cardiorrespiratorio y presencia de factores de riesgo cardiovascular. OBJETIVO: Comparar el nivel de actividad física, el nivel de acondicionamiento cardiorrespiratorio y el riesgo cardiovascular entre estudiantes de medicina y de educación física. MÉTODOS: En una primera etapa se aplicó el International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) para cuantificar la actividad física en 126 alumnos de los 7os y 8os períodos de los cursos de educación física y medicina. En una segunda etapa, se seleccionaron, por intermedio de randomización, 40 alumnos, 20 de cada curso, para evaluación de factores de riesgo cardiovascular y evaluación del acondicionamiento cardiorrespiratorio. Fueron medidos: 1) presión arterial; 2) índice de masa corporal (IMC); 3) porcentual de grasa (bioimpedancia eléctrica); 4) circunferencia de cintura (CC); 5) tests bioquímicos de laboratorio; y 6) acondicionamento cardiorrespiratorio (Test de Kline). RESULTADOS: Comparando estudiantes de medicina a estudiantes de educación física, respectivamente, fue observada mayor frecuencia de individuos presentando: bajo nivel de actividad física (55% vs 15,0%; p = 0,008); pre-hipertensión por la PAS (80% vs 25,0%; p = 0,000) y por la PAD (45% vs 5,0%; p = 0,003); sobrepeso (50% vs 10,0%; p = 0,006); circunferencia de cintura aumentada (25% vs 0,0%; p = 0,017); colesterol total elevado (165 ± 28 vs 142 ± 28 mg/dl; p = 0,015); LDLc elevado (99 ± 27 vs 81 ± 23 mg/dl; p = 0,026); glucemia elevada (81 ± 8,0 vs 75 ± 7,0 mg/dl; p = 0,013); menor acondicionamiento cardiorrespiratorio (48 ± 8,0 vs 56 ± 7,0 ml/kg/min; p = 0,001). CONCLUSIÓN: Estudiantes de medicina presentan menor cuantitativo de práctica de actividad física, menor nivel de acondicionamiento cardiorrespiratorio y mayor frecuencia de los factores de riesgo cardiovascular, comparados a los de educación física. |