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Este trabalho tem por objetivo discutir a relação teoria e prática no campo da Psicologia da Educação e suas implicações para a formação do educador, a partir da análise dos trabalhos apresentados nas reuniões anuais da ANPEd (especialmente no Grupo de Trabalho Psicologia da Educação (GT20). O estudo envolveu a leitura de trabalhos encomendados, comunicações e pôsteres, apresentados nas reuniões anuais da ANPEd, no período compreendido entre os anos de 1998 e 2009. Os estudos apresentados nesta última década são indicativos de que temos uma aplicação da psicologia na escola, que basicamente é alimentada pela Psicologia da Aprendizagem. Os estudos sobre subjetividade, identidade e constituição do sujeito indicam uma preocupação com o ser humano (constituição da subjetividade), mas ainda com o enfoque muito psicológico. Ao que parece, ainda não superamos a dificuldade de se pensar esta subjetividade em termos de contextos mais amplos. E, o que prevalece, nestes estudos, são abordagens teóricas da psicologia do desenvolvimento. Outro bloco de estudos, apoiados principalmente na incorporação de contribuições da psicologia social são indicadores de uma possibilidade de olhar/se pensar a escola. Entretanto, aqui, a limitação ainda é de ordem mais conceitual. Ou seja, a dicotomia permanece. Finalmente, identificamos uma linha que deveria ou poderia se constituir na crítica epistemológica de toda esta construção; mas que ainda está muito presa a abordagens; poder-se-ia partir de uma visão mais contextualizada, superando o debate focado em abordagens. Consideramos que é preciso pensar a psicologia para além do território de autores ou de áreas (como a psicologia da aprendizagem, do desenvolvimento). Talvez nosso movimento precise ser redirecionado, trazendo as contribuições da psicologia para uma visão mais ampla, inclusive de escola (que permita compreender a escola e seus atores em todas as suas complexas dimensões). Escola não é só espaço de aprendizagem, ou de desenvolvimento, ou de formação de professores. This work aims to discuss the relation between theory and practice in the field of Educational Psychology and its implications for the teacher's formation, by the analysis of the papers presented in the ANPEd annual meetings (especially in the working group Educational Psychology - GT20). The study involved the reading of 'ordered works', communications and posters presented at the annual meetings of ANPEd, in the period between 1998 and 2010. The studies presented in this last decade are indicative of that we have an application of psychology in school that basically is fed by the Learning Psychology. Studies on subjectivity, identity and subject constitution indicate a concern with the human being (Constitution of subjectivity), but still with a too much psychological approach. It seems that we have not yet overcome the difficulty of thinking this subjectivity in terms of wider contexts. And, what prevail in these studies are theoretical approaches of developmental psychology. Another block of studies supported mainly in incorporating contributions from social psychology are indicators of a possibility to look/think about school. However, the limitation here is still of more conceptual order. I.e. the dichotomy remains. Finally, we identified a line that should or could be an epistemological critique of all these constructions; but that is still very much stuck to approaches; it could have started from a more contextualized vision, surpassing the debate that is focused on approaches. We believe that we have to think about the psychology beyond the territory of authors or areas (like the psychology of learning, of development). Maybe our movement would need to be redirected, bringing Psychology's contributions to a broader view, inclusive about school (able to comprehend the school and his actors in all its complex dimensions). School is not only a space of learning, or of development, or of teacher training. Este trabajo tiene el objetivo de discutir la relación teoría y práctica en el campo de la Psicología de la Educación y sus consecuencias para la formación del educador a partir del análisis de los trabajos presentados en las reuniones anuales de la ANPEd (especialmente en el Grupo de Trabajo Psicología de la Educación (GT20). El estudio contempló la lectura de trabajos encargados, comunicaciones y posters, presentados en las reuniones anuales de la ANPEd, en el período de 1998 a 2009. Los estudios presentados en la última década señalan que existe una aplicación de la psicología en la escuela, que básicamente es alimentada por la Psicología del Aprendizaje. Los estudios sobre subjetividad, identidad y constitución del sujeto indican una preocupación con el ser humano (constitución de la subjetividad), sin embargo aún con el enfoque muy psicológico. Al parecer todavía no superamos la dificultad de pensar la subjetividad en términos de contextos más amplios. Y lo que prevalece en estos estudios, son abordajes teóricos de la psicología del desarrollo. Otro bloque de estudios, apoyados principalmente en la incorporación de contribuciones de la psicología social indican la posibilidad de ver/pensarse la escuela. Sin embargo, aquí la restricción aún es de orden más conceptual. O sea la dicotomía permanece. Finalmente, identificamos una línea que debería o podría constituirse en la crítica epistemológica de toda esta construcción, pero todavía se encuentra muy presa a abordajes; se podría partir de una visión más contextualizada, superando el debate enfocado en abordajes. Consideramos que es necesario pensar la psicología más allá del territorio de autores o de áreas (como la psicología del aprendizaje, del desarrollo). Tal vez nuestro movimiento necesite redirigirse, trayendo las contribuciones de la psicología para una visión más amplia, inclusive de escuela (que permita comprender la escuela y sus actores en todas sus complejas dimensiones). Escuela no es sólo espacio de aprendizaje o de desarrollo, o de formación de profesores. |