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Cytomegalovirus (CMV) disease in acquired immunodeficiency syndrome (AIDS) patients most commonly presents as chorioretinitis and gastro-intestinal infection. Neurological involvement due to CMV may cause several clinical presentations: polyradiculitis, myelitis, encephalitis, ventriculo-encephalitis, and mononeuritis multiplex. Rarely, cerebral mass lesion is described. We report a 39 year-old woman with AIDS and previous cerebral toxoplasmosis. She presented with fever, seizures, and vulval ulcers. Her chest X-ray showed multiple lung nodules, and a large frontal lobe lesion was seen in a brain computed tomography scan. She underwent a brain biopsy through a frontal craniotomy, but her condition deteriorated and she died in the first postoperative day. Histopathological studies and immunohistochemistry disclosed CMV disease, and there was no evidence of cerebral toxoplasmosis, bacterial, mycobacterial or fungal infection. CMV disease should be considered in the differential diagnosis of cerebral mass lesion in AIDS patients. High suspicion index, timely diagnostic procedures (surgical or minimally invasive), and proper utilization of prophylactic and therapeutic medication could improve outcome of these patients. As doenças causadas pelo citomegalovírus (CMV) em pacientes com a síndrome da imunodeficiência adquirida apresentam-se principalmente como corioretinite ou comprometimento gastrointestinal. No sistema nervoso central, o CMV pode causar diversas síndromes clínicas: poliradiculite, mielite, encefalite, ventrículo-encefalite e mononeurite múltipla. Raramente, lesões expansivas cerebrais são descritas. Os autores relatam o caso de uma paciente de 39 anos com antecedentes de infecção pelo HIV e toxoplasmose cerebral, que apresentou-se com febre, convulsões e úlceras vulvares. O raios-X de tórax demonstrou múltiplos nódulos pulmonares e a tomografia computadorizada de crânio evidenciou extensa lesão no lobo frontal esquerdo. Após ser submetida à craniotomia, evoluiu com piora clínica, falecendo no primeiro dia de pós-operatório. Os estudos histopatológicos e imunohistoquímicos demonstraram doença citomegálica. Foram excluídas toxoplasmose cerebral e infecção bacteriana, micobacteriana ou fúngica. Concluímos que, embora seja extremamente raro, o CMV deve ser considerado no diagnóstico diferencial das lesões expansivas cerebrais em pacientes com infecção pelo HIV. Um elevado índice de suspeita, procedimentos diagnósticos oportunos (cirúrgicos ou minimamente invasivos), e o adequado uso de antivirais (terapêuticos e profiláticos) podem melhorar o prognóstico desta letal manifestação. |