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O manejo inadequado das plantas daninhas é uma das principais causas da baixa produtividade da cultura da mandioca no Brasil. Objetivou-se com este trabalho identificar as espécies de plantas daninhas infestantes da cultura da mandioca e o grau de interferência que estas exercem sobre o cultivo, em função do período de convivência com a cultura. Dois experimentos foram realizados em áreas adjacentes, no município de Viçosa-MG, utilizando-se o cultivar Cacauzinha, do grupo das mandiocas mansas. O delineamento experimental adotado foi em blocos casualizados, com sete tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos do primeiro experimento foram compostos por períodos iniciais de convivência da cultura com as plantas daninhas: 25, 50, 75, 100 e 125 dias após o plantio (DAP); no segundo experimento, as plantas de mandioca, inicialmente, permaneceram livres das plantas daninhas pelos mesmos períodos. Em ambos os experimentos adotou-se o espaçamento de 1,0 x 0,5 m, sendo a área útil da parcela constituída pelas duas linhas centrais, deixando-se 1,0 m em cada extremidade como bordaduras frontais, totalizando 8,0 m². As plantas daninhas foram avaliadas aos 25, 50, 75, 100, 125, 150, 175, 200, 225, 250, 275, 300, 325 e 350 DAP. As características produtividade de raízes, peso da parte aérea, índice de colheita, teor de amido e matéria seca das raízes foram avaliadas aos 12 meses após o plantio. As espécies de plantas daninhas que predominaram na área experimental foram: Bidens pilosa, Raphanus raphanistrum, Cyperus rotundus e Commelina benghalensis, com a primeira delas predominando em quase todas as épocas de coletas. Os períodos de convivência com as plantas daninhas não interferiram nos índices de colheita, teor de amido e matéria seca das raízes. Todavia, considerando a produtividade de raízes, o final do período anterior à interferência foi próximo dos 25 dias, e o período crítico de prevenção da interferência situou-se entre 25 e 75 DAP. Cultivos realizados após 75 DAP não afetaram as características da cultura da mandioca avaliadas. Inadequate handling of weeds is one of the main causes of cassava low yield in Brazil. The objective of this work was to identify the weed species interfering in cassava crop and the degree of this interference, in function of then coexistence period. Two experiments were carried out in adjacent areas in Viçosa-MG, Brazil, using the "cacauzinha" cultivar of the cassava group. A randomized block design was adopted, with seven treatments and four replications. The treatments in the first experiment were composed by the initial crop periods and weed coexistence 25, 50, 75, 100 and 125 days after planting (DAP). In the second experiment, the cassava plants initially remained weed-free for the same periods. For both experiments, 1.0 x 0.5 m spacing was adopted, being the useful portion area constituted by the two central lines, with 1.0 m being left in each extremity as front borders, totaling 8.0 m².. The weeds were analyzed at 25, 50, 75, 100, 125, 150, 175, 200, 225, 250, 275, 300, 325 and 350 DAP. The characteristics root yield, aerial part weight, crop index, starch content and root dry matter were evaluated at twelve months after planting. The prevailing weed species in the experimental area were: Bidens pilosa, Raphanus raphanistrum, Cyperus rotundus and Commelina benghalensis, with Bidens pilosa prevailing in almost all collection times. The coexistence periods with the weeds did not interfere in the crop indexes, starch content and root dry matter. However, taking into account root yield, the end of the period before interference was close to 25 days and the interference prevention critical period was between 25 and 75 DAP. Crops sown after 75 DAP did not affect the analyzed cassava crop characteristics. |