Refugiados e requerentes de asilo em Portugal: porquê tão poucos os que chegam e porquê tão poucos os que ficam?
Autor: | Almeida, Liz Magda Teixeira de |
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Přispěvatelé: | Carvalhais, Isabel Maria Estrada, Universidade do Minho |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2021 |
Předmět: | |
Popis: | Dissertação de mestrado em Ciência Política Os ciclos de migrações forçadas na e para a Europa são fenômenos antigos, movidos por guerras, crises econômicas, perseguições políticas, religiosas, entre outros fatores. Na senda dessa realidade histórica, mais recentemente a Europa assistiu a um novo episódio a partir do final de 2014, tendo visto o número de pedidos de asilo alcançar um nível sem precedentes, muito em resultado da vizinha guerra da Síria. O ano de 2015 foi então marcado por um aumento exponencial do número de requerentes de asilo em toda a União Europeia. Dentro deste contexto, muitos países europeus apresentam uma postura fechada e muitas vezes até hostil. Entretanto, outros optam por abrir suas fronteiras e iniciam projetos para integração dessas pessoas em suas sociedades. Portugal é um exemplo destaque, tendo em vista que o país vem apresentando um posicionamento extremamente solidário neste cenário, implantando diversos projetos e iniciativas para acolhimento de refugiados e requerentes de asilo, muitos, inclusive, elaborados em nível local. Entretanto, por mais contraditório que seja, Portugal é um dos países que menos recebeu requerentes de asilo e refugiados no continente europeu. Além do baixo índice de procura, Portugal também enfrenta outro déficit com relação ao acolhimento de refugiados, que consiste no fato de muitos que chegam ao país, acabarem por abandonar o programa de acolhimento logo depois, mudando-se para outro país europeu. Em maio de 2017 o governo português partilhou que até àquela data, dos 1306 refugiados recebidos, 505 (aproximadamente 40%) abandonaram o programa de acolhimento e integração para viverem em outros países da Europa, como Alemanha, Bélgica, França e Reino Unido. É justamente neste contexto e destas contradições que surge o enquadramento do tema que será abordado nesta dissertação. Cycles of forced migration to and from Europe are ancient phenomena, driven by wars, economic crises, political and religious persecutions, among other factors. In the wake of this historical reality, Europe has recently seen a new episode from the end of 2014, having seen the number of asylum applications reach an unprecedented level, largely as a result of the neighboring Syrian war. The year 2015 was then marked by an exponential increase in the number of asylum seekers across the European Union. Within this context, many European countries have a closed and often even hostile posture. However, others choose to open their borders and initiate projects to integrate these people into their societies. Portugal is a prominent example, given that the country has been showing an extremely supportive position in this scenario, implementing several projects and initiatives for the reception of refugees and asylum seekers, many, even, developed at the local level. However, however contradictory it may be, Portugal is one of the countries that received the least number of asylum seekers and refugees on the European continent. In addition to the low level of demand, Portugal also faces another deficit concerning the reception of refugees, which consists of the fact that many who arrive in the country, end up abandoning the reception program soon after, moving to another European country. In May 2017, the Portuguese government shared that until that date, of the 1306 refugees received, 505 (approximately 40%) abandoned the reception and integration program to live in other European countries, such as Germany, Belgium, France, and the United Kingdom. It is precisely in this context and from these contradictions that the framework of the theme appears that will be addressed in this dissertation. |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |