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Introdução: A tuberculose chama a atenção das autoridades de saúde pública pela magnitude no número de casos notificados e óbitos declarados em todo o mundo. Por esse motivo, estratégias intersetoriais são imprescindíveis para fomentar a discussão sobre a doença em diferentes espaços de aprendizagem. Objetivo: Verificar a percepção sobre a tuberculose e analisar os fatores associados ao conhecimento segundo estudantes ingressos em cursos de graduação na área da saúde, da Universidade Federal do Vale do São Francisco, entre 2018 e 2019. Método: Realizou-se um estudo transversal, de abordagem quantitativa com dados primários baseados em entrevistas aplicadas entre estudantes ingresso de graduação na área da saúde sendo maiores e igual de 18 anos, onde se investigou o conhecimento e a percepção sobre tuberculose. Os dados foram coletados por meio de um questionário semiestruturado e apresentados por frequência absoluta e relativa, razão de chance e respectivos intervalos de confiança. Resultados: Os estudantes perceberam ser a tuberculose uma doença que afeta pessoas independentemente da sua raça/cor de pele (73,0%), com sintomas similares ao da pneumonia (79,6%), comum entre pessoas vivendo com HIV/(PVHIV) (51,9%), independente do sexo (65,1%). O conhecimento acerca da doença foi mais observado entre os alunos com 18-19 anos (OR: 3,4; 95%IC: 1,4-8,0), tendo como veículos de comunicação sobre a doença as escolas de ensino médio (OR: 6,4; 95%IC: 1,8-23,1), com chance acrescida desse conhecimento entre os naturais de Juazeiro ou Petrolina (OR: 2,1; 95%IC: 1,3-4,7). Conclusão: Neste estudo um terço dos estudantes apresentaram o conhecimento total sobre a tuberculose e a percepção sobre a doença esteve relacionada as representações sociais. Portanto, o campo da educação para a saúde deve apresentar-se como um convite para a promoção e adoção de comportamentos saudáveis. Além disso, mostra-se imprescindível para a formação de um saber crítico capaz de transformar corretamente contextos. |