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A formação médica constitui um tema importante e sempre atual sendo alvo constante de preocupação entre educadores, pesquisadores e de políticas públicas. A inserção obrigatória das ciências sociais nos currículos médicos foi uma das últimas atualizações realizadas pela Diretriz Nacional Curricular visando dar conta das necessidades do cuidado em saúde. Neste artigo, objetivou-se refletir acerca da inserção do ensino da antropologia no curso de medicina e as possibilidades suscitadas por este, principalmente, para contextualizar culturalmente as concepções, os cuidados e as técnicas dentro da profissão de médico. Buscando trazer o que a medicina tem a aprender com a antropologia, utilizou-se de dois conceitos estruturantes da antropologia, a saber: a interculturalidade e o relativismo cultural. Foi constatado que a antropologia tem a função de ser ponte e mediação entre dois mundos (do médico e do paciente) mostrando-se fundamental para construção de novos olhares sobre os saberes e práticas médicas. |